Páscoa se aproximando e nada
melhor do que assistir a um filme bíblico não é mesmo? Mas então tomem cuidado,
pois para muitos, Noé – o filme, pode não parecer tão “bíblico” assim,
principalmente para quem conhece bem as sagradas escrituras. Mesmo antes do
filme aportar nos cinemas, muitas críticas já tinham sido tecidas sobre ele e
mostrando que o diretor Darren
Aronofsky
simplesmente viajou legal em alguns momentos. Acho que, se
dependessem dele, o Noé ao invés da Arca, teria construído era um Iate porque é
mais fashion, porém na minha opinião o que houve foi um excesso de “licença
poética”, voltadas mais para as invencionices cinematográficas do que para a
adaptação do conto bíblico... e isso que gerou tanta polêmica e revolta.
Como sou catequista na igreja católica, achei melhor chamar alguém "de fora" para comentar o longa, Então,
o ideal seria o olhar de quem não puxa sardinha para nenhuma religião,
totalmente imparcial no quesito religiosidade, porém sem perder a racionalidade
e o bom senso ao descrever aquilo que viu e sentiu ao assistir o filme. Com vocês,
nosso amigo cinemeiro honorário Alexandro Castro que fez uma análise crítica da
estória desse Noé que vai muito além da Bíblia.
Achei
que o filme seria bom, mas... NO É!!!!
Rá
kk! Eu tinha que fazer essa piada infame.
Bom,
toda a fúria que tenho lido sobre o filme Noé parte de religiosos. A maioria
classifica o filme como blasfêmia pelas diferenças entre a estória bíblica e a
apresentada nas telas. Curiosamente uma das minhas companhias ontem era uma
amiga evangélica, o segmento religioso que mais tem sido furioso com a obra,
mas ela foi bem compreensiva com as liberdades tomadas pela produção do filme e
se esforçou para dizer que gostou... um pouco... apesar de tudo.
Sobre
as diferenças, tenho a dizer que cinema é apenas cinema, precisa atender a uma
construção específica de roteiro, do contrário vira um documentário ou obra
didática, o que nem de longe foi a intenção na produção de Noé. Claro, em certo
ponto essas adaptações que mais parecem um Reboot da franquia Noé com certeza
iria causar fúria, já que mexe com o lado mais íntimo das crenças de boa parte
da população mundial.
Porém,
sobre essa adaptação, eu tenho de dizer que não gostei. O filme se apressa em
dar início a missão de Noé (Russel
Crowe) e o faz de forma nada clara, nada tão poderoso, como
por exemplo a voz de Deus falando com Moisés na animação O Príncipe do Egito. A
mudança da história para criar atratividade para o filme também forçou
bastante, mudando situações desnecessárias ao invés de apenas preencher lacunas
que a estória bíblica deixa abertas. Teria sido mais simples preenchê-las, mas
divertido e mais seguro - livraria a equipe de críticas.
Sobre
a personalidade de Noé, achei mal construída. Noé não parece um homem bom e
justo, e sim um fanático perturbado, vacilante e agressivo. A melhor pessoa do
filme acaba sendo o avô Matusalém, e inevitavelmente levanta a questão: Se o
cara bom é o Matusalém, a missão então deveria ser dele.
Sobre
os efeitos visuais, pra mim pareceram muito vacilantes também. Algumas cenas
são poderosas, como os momentos em que os animais tomam a arca. Mas o concept
dos anjos caídos aprisionados em formas de pedra é estranho, parecem mais
Pretzels amaldiçoados ambulantes, e a animação deles é estranhamente cheia de
flicks que dão toda a impressão de que foram animados com técnicas bem antigas
de stop motion. A edição também é estranha, muitas vezes parecendo um vídeo
amador de alguém no youtube. Enfim, uma direção de arte cheia de altos e
baixos.
No
fim, acho que tudo de bom do filme está realmente ali no trailer, e só. Eu não
gostei, e olha que nem sou católico e nem evangélico, não leio a Bíblia há uns
vinte anos e não me recordava de nada da estória de Noé. Fui ao cinema decidido
a gostar do filme e encontrar pontos bons, mas não deu muito certo.
Ainda
assim, assistam. Cada um tem suas conclusões.
Muito obrigado mais uma vez
meu amigo Alexandro pela rica contribuição e aqui fica um conselho, para conhecer
a verdade sobre o personagem, nada melhor do que recorrer à Bíblia, livro de
gênesis capítulo 6 ok. Feliz Páscoa a todos!!
Nóe é mais um filme que pra mim eoes exageram nos efeitos especiais para torná-lo atrativo. Em contrapartida, como expôs o Alexandre, falhou na continuidade e numa história com o mínimo de lógica, mas vindo de hollywood afinal, esperamos de tudo.
ResponderExcluirO cinema na verdade ao invés de retratar o original ele aumenta mais ainda teor da história. Mas a idéia é essa mesma: atrair a atenção do público. ..aliás, nada melhor do que um pouco a mais de ficção científica para apimentar mais aindao filme....hehehehehe
ResponderExcluirDesculpe amigo Hérico, mas não concordei em nada com a crítica que achei completamente equivocada. O problema é que não é um filme fácil e de um diretor polêmico, bem diferente das grandes produções de Hollywood. Mas estamos em uma democracia e cada um tem sua opinião. Sempre gostei de todos os filmes de Aronofsky e não me decepcionei com este.
ResponderExcluirOutra visão:
ResponderExcluirhttp://www.criacionismo.com.br/2014/04/noe-e-um-show-de-cabala-e-gnosticismo.html
http://cinegnose.blogspot.com.br/2014/04/a-serpente-do-paraiso-rouba-cena-no.html