domingo, 25 de novembro de 2012

James Bond 50 anos: Octopussy (1983).




Olá amigos cinemeiros, o nosso especial entrou num momento decisivo, pois a era Roger Moore está chegando ao fim, e os críticos já pedem um novo James Bond, pois afirmam que Moore está velho e que o seu "James Bond" está muito bonzinho e patético, será?
O ano foi 1983, e neste ano, os fãs de James Bond foram presenteados por duas produções, e nada mais, nada menos do que dois dos mais importantes James Bonds da história: o primeiro Bond, Sean Connery (com Never Say never Again) e Roger Moore (com Octopussy), sobre o filme com Sean Connery, já comentamos, agora vamos falar do outro filme, o oficial da EON com Roger Moore.
Bond inicia o filme infiltrado numa base do exército de algum país na América Central, quando é descoberto, foi feito prisioneiro, mas conseguiu escapar, graças a sua sensual assistente, e após a fulga, Bond com o menor jato do mundo destrói toda a base, saindo ileso, retornando à Terra da Rainha.
 



Octopussy



 
Berlin Oriental, um palhaço foge da segurança de um circo, atravessa uma floresta, mas é acertado por uma faca, seu corpo é levado pela correnteza do rio que passa próximo a residência do embaixador da Inglaterra na Alemanha, o palhaço ainda vivo invade a propriedade e morre de posse de um Ovo Fabergé, só que falso.
 



James Bond.


O palhaço em questão era o 009, isso fez com que o MI6 pusesse na missão o seu melhor agente, o 007, que iniciou sua atuação num leilão, onde o verdadeiro Ovo Fabergé iria ser posto para receber lances, mas Bond foi mais esperto e roubou, com um truque de ilusionismo, fazendo a troca do Fabergé falso pelo verdadeiro e como Kamal Khan arrebatou o "verdadeiro" por 500 mil Libras, então o espião mais famoso do mundo passou a figurar na lista de procurados do decadente príncipe indiano.
 
 
Bond.


Após seguir as pistas de Kamal Khan em Londes, Bond, com permissão de M, viaja à Índia e desperta ódio em Kamal quando o vence no jogo com dados viciados do príncipe indiano, fazendo com que Kamal pusesse mulheres e capangas atrás de Bond, a armadilha deu certo, o Ovo Fabergé original foi recuperado por Kamal e Bond foi feito prisioneiro, mas antes disso Q havia posto um sensor na jóia rara para rastrear e captar conversas dos terroristas.
 



Uma das cenas mais criticadas do filme.


Por isso foi fácil para Bond identificar a verdadeira intenção dos terroristas que, associados ao General soviético Gobinda, planejavam detonar uma bomba nuclear numa base americana para forçar a opinião pública a pressionar o governo norte-americano a iniciar o desarmamento nas fronteiras da Europa ocidental, quase deu certo, se não fosse por James Bond.
Um dos destaques desse filme, além do cenário indiano, foi a participação de Maud Adams como Octopussy (Maud que havia participado e "morrido" em "007 contra o homem da pistola de ouro"), que era a filha de um ex-inimigo de Bond, e que inicialmente tinha interesse de acabar com o agente secreto, mas após a traição de Kamal e os "argumentos" de James Bond, resolveu ajudar a Inglaterra e frustrou os planos do terrorista indiano.
 

Bond e uma das armas utilizadas por Kamal para reaver o Ovo Fabergé.

Esse filme concorreu com a refilmagem de Thunderball que foi batizado de Never say never again e, segundo opiniões da época, venceu a disputa com maior bilheteria e salas para exibição, porém foi um filme muito criticado também, pois foi considerado como um filme onde o senso de humor de Bond ultrapassou o limite tolerável, foram cenas, como: o grito do Tarzan ou Bond vestido de palhaço no circo que contribuíram para que os fãs, a crítica e o próprio Roger Moore não tivessem boas lembranças dessa produção.
 

Kamal e Bond.

Particularmente, achei Never say never again muito superior a Octopussy, mas reconheço que os elementos característicos de James Bond em Octopussy salvaram o filme, além da presença do Roger Moore que àquela época já havia se firmado como o verdadeiro 007.
Dirigido por John Glen, com: Roger Moore, Maud Adams, Louis Jourdan, Kristina Wayborn, a canção tema ficou a cargo de Jahn Barry e foi interpretada por Rita Coolidge, e teve o nome de "All time High", que foi um grande sucesso no ano de 1983.
 

De palhaço???

 


As atrizes Faye Dunaway e Sybil Danning estiveram cotadas para interpretar a personagem Octopussy, antes da escolha por Maud Adams para o papel. O ator Robert Brown aparece pela primeira vez como o personagem M. Foi neste filme que pela primeira vez o personagem Q, interpretado por Desmond Llewelyn, participa de forma ativa da trama na qual se envolve James Bond. A canção-tema do filme chama-se "All time high", sendo a primeira vez desde 007 Contra o Satânico Dr. No em que o nome da canção-tema não é o mesmo do nome do filme, na série James Bond. Ao término dos créditos finais é anunciado o nome do filme seguinte da série James Bond, "From a view to a kill". O filme seguinte da série, 007 Na Mira dos Assassinos (1985), teve uma pequena mudança em seu nome original, que terminou sendo "A view to a kill".  

 
Bond abastecendo o menos jato do mundo.


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

GONZAGA - De pai para filho


SEPARADOS PELA VIDA, UNIDOS PELA MÚSICA
Sensacional, emocionante, engraçado...brlhante. Esses são alguns dos adjetivos que escutei as pessoas, ainda com lágrima nos olhos, falando ao final da exibição do filme GONZAGA – De pai para filho que conta um pouco da vida do “Rei do Baião” Luis Gonzaga (que se estivesse vivo iria completar 100 anos no próximo de 13 de dezembro) e sobre a sua difícil relação com o seu filho, também músico, Gonzaguinha.
Adélio Lima e Julio Andrade, pai e filho discutindo relação
O filme é uma mistura de narrativa contínua com flashback e até um pouco de documentário. Acontece baseado numa conversa entre pai (Adélio Lima interpretando Gonzaga na velhice) e filho (Julio Andrade dando um show de interpretação com o Gonzaguinha na fase adulta) que vão lembrando os fatos do passado e também expondo suas magoas, suas tristezas e seus erros que ambos tiveram um com o outro. E acreditem, há momentos extremamente emocionantes mesclados com cenas muito engraçadas da vida de Gonzaga.
Land Vieira e Cecilia Dassi
O flashback começa mostrando um Luis Gonzaga jovem, apaixonado e metido a valente interpretado por Land Vieira. Desde jovem Gonzaga já demonstrava seu talento com a sanfona, mas que não passava de mais um tocador pobre em Exu, sua cidade natal no sertão de Pernambuco. Depois de uma breve discussão com o Coronel (Domingos Montagner) pai da sua amada Nazinha, interpretada pela bela Cecília Dassi (que ano passado tivemos a honra de tirar uma foto com ela no AFF) e de levar uma pisa de sua mãe, Gonzaga decide deixar Exu e ir se alistar no exército ficando ali por 10 anos.
Eu e Cecília Dassi no AFF do ano passado
Depois desse período, quem entra em cena interpretando Gonzaga é Chambinho do Acordeon e ai que vamos ver como o desconhecido Luis Gonzaga se transforma no “Rei do Baião” e como começa a surgir os conflitos que levam pai e filho. Durante a década de 50 também vimos como se originou seus principais sucessos, dando destaque para 17700, Respeita Januario, e Qui nem Jiló. E atenção para uma das partes mais engraçadas do filme que é quando ele vai atrás, literalmente, dos seus músicos “salário mínimo” e “custo de vida”, o anão e o engraxate, simplesmente sensacional.
Chambinho do Acordeon interpretando Gonzaga no inicio da carreira.
Na verdade, esse novo filme de Breno Silveira, traz a história de dois ícones da musica brasileira. Uma história marcada por desencontros entre pai e filho que passaram a vida tentando se entender. O projeto do filme surgiu a partir de depoimentos gravados pelo próprio Gonzaguinha. Isso torna GONZAGA não só um filme e sim uma cinebiografia. Do roteiro até a edição final o filme levou sete anos para ser concluído e custou cerca de 12 milhões de reais. As filmagens aconteceram em Curaçá, no sertão da Bahia, próximo a Pernambuco. 
Chambinho interpretando Gonzaga, agora o Rei do Baião.
A escolha do elenco envolveu teste com mais de 5mil candidatos para viver Gonzaga e Gonzaguinha (que além de ser interpretado por Julio Andrade, também é vivido por Alison Santos quando menino e Giancarlo Di Tommaso quando jovem). Fora a semelhança física e o carisma, os atores tinham que saber cantar e ter conhecimentos musicais. E o resultado ficou muito bom e funciona em cena. Os figurinos, cenários e fotografia atuam com elegância, a trama, dando a atmosfera certa ao período que as cenas pretendem retratar.
Julio Andrade interpretando Gonzaguinha
E o filme também mostra como foi difícil a infância de Luis Gonzaga do Nascimento Junior longe do seu pai, tendo que viver com os pais adotivos Dina e Xavier (Silvia Buarque e Luciano Quirino) e do seu difícil relacionamento com sua madastra Helena (Roberta Gualda). E mais uma vez vale ressaltar o trabalho de caracterização de Julio Andrade, é impressionante, como ele emula a voz e a linguagem corporal do cantor com perfeição.

Silvia Buarque e Luciano Quirino durante as gravações.
O filme com certeza irá agradar a todos e deixar muitas pessoas com lágrimas nos olhos ao ver o drama familiar de pai e filho. Sem falar também que é uma grande homenagem a um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, filho do velho Januário, inventor do baião, autor de quase 200 discos ao longo de 50 anos de carreira e criador dos maiores clássicos do nosso cancioneiro popular e que também ajudou a quebrar o preconceito contra a música regional.  
De pai para filho
Cinemeirosnews viu e recomenda, agora é com vocês. Até a próxima, câmbio e desligo :D

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

James Bond 50 anos: Skyfall (2012).



Entrou na sala de uma casa, com a arma rente ao rosto, avistou alguns corpos e um agente do MI6 ferido, comunicou a situação para "M", que não permitiu que Bond estancasse o sangue do colega, assim partiu para encontrar Eve, que estava num carro, e iniciar a perseguição a Patrice, que logo percebeu e acelerou nas ruas estreitas de Istambul. Bond não estava no volante, por isso teve de intervir para que Patrice fosse impedido de prosseguir, mas não adiantou, após a troca de tiros, Patrice saltou numa moto, de uns agentes que haviam sido mortos pelo próprio Patrice, e engatou uma fuga pelos telhados dos mercados tradicionais da capital da Turquia, sempre seguido por Bond. Eve também os seguiu, sempre à distância, e em um momento encurralou Patrice, que conseguiu pular num trem que passava num ritmo próprio, Bond não teve outra alternativa e num movimento camicase se atirou ao mesmo destino que o perseguido, Eve passou a seguir o trem, sob as ordens de "M", até que num certo ponto, Eve teve de atirar, com o risco de acertar qualquer um um dos dois, sob as ordens de "M".
Para falar de operação Skyfall, tenho antes que explicar tudo o que ronda esse, que não é um simples, filme sobre espião, mas sim a comemoração de 50 anos da franquia mais bem sucedida da história do cinema, esqueça todas as outras, não mencionarei, mas é isso mesmo que pensaram, "bombardeios no espaço", "lutadores de boxe", "imperador que retornou", enfim todas essas franquias são alunas diante de 007, assim como os filmes de espionagem que conhecemos, também não citarei, mas podemos imaginar as "ordens incumpríveis", ou a "trilogias Downey da vida", afinal se 007 não fosse o que é, não estaria comemorando 50 anos com 23 filmes oficiais, 3 não oficiais e vários livros.
Neste filme, Bond tem a missão de recuperar um HD com a identidade de todos os agentes infiltrados da OTAN, que foi roubado e poderá por em risco todas as missões secretas, mas após a "morte" de Bond a situação fica pior para o Serviço Secreto Britânico que tem a sua sede atingida por um atentado, após a notícia rodar o mundo, Bond resolve interromper sua "curtida à morte" e retorna ao MI6, porém teve de passar por todos os exames e testes para ser reincorporado no MI6, paralelo a isso, "M" sofre pressão do governo britânico e tem sua aposentadoria anunciada internamente, Bond, após ser reintegrado, para à caça daquele que havia roubado o HD com informações secretas, Bond encontrou Patrice, mas não conseguiu o que queria, o nome do chefe de Patrice, mas obteve uma pista importante que o levou até Macau. Já na ex-colônia portuguesa, Bond conheceu Sévérine, que o levou até Raoul Silva, que para a surpresa de todos era um ex-agente do MI6, portanto conhecia todo o funcionamento do serviço secreto britânico.
Como se tratou de uma grande celebração, uma homenagem mesmo, aos 50 anos de James Bond no cinema, a equipe de produção preparou cenas que transmitiram aos fãs mensagens que só nós pudemos entender, como, por exemplo: A presença do "Q" e sua recomendação para que Bond devolva o equipamento "inteiro"; como o eterno "Q" Desmond Llewelyn, a participação do Aston Martin DB5 e suas funções; a apresentação do Bond à Sévérin com o "Bond, James Bond" (que foi usado até "Só se vive duas vezes" de 1967, com Sean Connery) igual à primeira apresentação feita por Bond em 1962, que também foi num cassino e a trilha de Monty Norman que ameaçou tocar várias vezes e por
fim foi executada por inteira. 
Após toda a trama ter sido desenvolvida, o filme retornou-nos a 1962, com "M", Bond e Moneypenny, ah, e uma dúvida que firmou-se por quase 30 anos foi sanada em Skyfall, em 1979, Bernard Lee, apareceu como "M" pela última vez, próximo do início das gravações de "Somente para seus olhos" de 1981 Bernard Lee faleceu  nesse filme, pela única vez, o personagem "M" não apareceu, disseram que estava viajando, já no filme seguinte, em Octopussy de 1983, "M" retornou interpretado por Robert Brown, que havia interpretado o Almirante Heargreaves em "O espião que me amava" de 1977, a dúvida foi a seguinte: Robert Brown estava interpretando um outro personagem ou o Almirante Heargreaves havia sido transferido e "M" seria, na verdade, um cargo do MI6 e não a inicial do nome, como sempre se pensou, visto que nos filmes não é mencionado o nome de "M", mas na literatura sim, Sir Miles Masservy no romance "Colonel Sun" escrito por John Gardner (primeiro romance escrito após a morte de Ian Fleming)?
A resposta está em Skyfall.
"O elenco principal de Skyfall foi oficialmente anunciado em uma conferência realizada no Corinthia Hotel London no dia 3 de novembro de 2011, exatos cinquenta anos após Sean Connery ter sido anunciado como o interprete de Bond em Dr. No.
Daniel Craig como James Bond, o agente 007. Mendes descreveu Bond como alguém que está passando por "[uma] combinação de cansaço, tédio, depressão [e] dificuldade com o que escolheu fazer como profissão".
Javier Bardem como Raoul Silva (verdadeiro nome Tiago Rodriguez), o antagonista do filme. Bardem descreveu Silva como "mais do que um vilão", enquanto Craig disse que Bond tem uma "relação muito importante" com o personagem. Ao escolher um ator, Mendes admitiu que tentou muito convencer Bardem a aceitar o papel. O diretor reconheceu o potencial que o personagem tinha de se tornar um dos mais memoráveis da franquia, e queria criar "algo [que o público] pode considerar que estava faltando em filmes de Bond há um bom tempo".  Ele achou que Bardem era um dos poucos atores que poderia ficar "sem cor" e existir dentro do mundo do filme como algo além de uma função do roteiro. Ao se preparar para o papel, Bardem fez o roteiro ser traduzido para o espanhol para que assim ele pudesse entender melhor o personagem, algo que Mendes citou como prova do comprometimento do ator para com o filme.
Ralph Fiennes como Gareth Mallory, o presidente do Comitê de Inteligência e Segurança. Fiennes afirmou que o personagem era "[um] papel bem interessante e muito divertido".
Naomie Harris como Eve Moneypenny, inicialmente uma agente de campo, ela posteriormente se transforma na secretária de M. De acordo com Harris, Eve "(acredita) estar no mesmo nível de Bond, porém ela é apenas uma iniciante".
Bérénice Marlohe como Sévérine. Marlohe descreveu a personagem como "glamurosa e enigmática", e afirmou ter se inspirado em Xenia Onatopp (Famke Janssen) de GoldenEye.
Judi Dench como M, a chefe do MI6.
Albert Finney como Kincade, o zelador de Skyfall, o lar ancestral da família Bond.
Ben Whishaw como Q, o chefe da divisão de pesquisa e desenvolvimento do MI6.
Rory Kinnear como Bill Tanner, o Chefe de Estado do MI6.
Helen McCrory como Clair Dowar, uma política britânica. McCrory se juntou ao elenco após Mendes ter lhe contatado pessoalmente e oferecido o papel.
 
Ola Rapace como Patrice, um mercenário francês que "é um homem de poucas palavras" e "ama violência." (fonte: Wikipédia)
A canção do filme foi composta por Adele e Paul Epworth, interpretada pela própria Adele, numa abertura que teve como inspiração um possível "fim" do espião, com efeitos de punhais caindo e ao fincarem no chão, formaram um cemitério, mas no fim, Bond saiu mais vivo do que nunca e com uma lição, não poderia confiar nem na sua sombra.
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domingo, 4 de novembro de 2012

AMAZONAS FILM FESTIVAL 2012


A 9ª edição do Amazonas Film Festival teve início na noite de ontem chefiada pelo ator e apresentador Carlos Casagrande, onde foi feita uma homenagem ao cineasta brasileiro Zelito Viana, 74 anos, presidente de honra do Amazonas Film Festival  atuou como produtor, diretor, roteirista e ator. Em seu currículo constam 21 programas de televisão, 22 longas e oito curtas-metragens. Durante a cerimônia, foi exibido ainda o filme “Colegas”, de Marcelo Galvão. Antes disso porém, não podemos de lembrar que aconteceu o tradicional desfile das celebridades do mundo do cinema pelo já então famoso tapete vermelho do Teatro Amazonas. Entre elas podemos citar: Otávio Augusto, Gracindo Júnior, Marcos Paulo, Antônio Pitanga, Toni Garrido, Letícia Sabatella, Gisele Fraga, Bruno Garcia, Ze Antônio Pitanga, Ana Lúcia Torres, entre outros.
Esse ano teremos 144 filmes na mostra paralela, totalizando 211 produções cinematográficas totalizando mais de 5 mil horas de exibição de filmes, desses, 17 são produções amazonenses. Para o governador do Amazonas, Omar Aziz, o Amazonas Film Festival é um dos grandes incentivos à cultura do Estado. “O investimento em capacitar jovens cineastas amazonenses em produzir os próprios filmes começou com a criação do festival. Estamos no caminho certo”, declara. O governador também ressalta, em toda grade, a boa participação de filmes de produtores e diretores amazonenses. “É com orgulho que podemos apresentar, depois de nove edições do Amazonas Film Festival, cada vez mais a participação de amazonenses”.
Zelito Viana sendo homenageado no palco do Teatro Amazonas
Nesse sentido, o secretário de Estado da Cultura, Robério Braga, reforça a participação do longa “A Floresta de Jonathas”, do amazonense Sergio Andrade, que concorre na Mostra Internacional junto a produções dos Estados Unidos, França, Dinamarca, México; assim também como “Rota de Ilusão”, produção também amazonense de Dheik Praia na Mostra de Curtas Brasil e ainda as nove produções na Mostra Curta Amazonas Ficção e as seis do Amazonas Documentário “Ressaltamos, é claro, a participação de duas produções de Parintins na Mostra de Curtas Amazonas Documentário, como resultado da nossa extensão de trabalho também no interior do Estado”, afirma. As exibições de “A Floresta de Jonathas” e “Rota de Ilusão” acontecem hoje, dia 4, às 19h45, no Teatro Amazonas.
Toni Garrido na plateia do Teatro Amazonas
Os nove curtas amazonenses que participam da Mostra Competitiva de Curtas Amazonas Ficção são “A Segunda Balada”, de Rafael Ramos dos Santos, “Terra dos Meninos Pelados” de Izis Negreiros, “Paris dos Trópicos”, de Keurem Maia Marçal, “Et Set Era”, de Emerson Medina e Rod Castro, “A Última no Tambor”, de Ricardo Araújo R. D'Albuquerque, “Póstumo”, de Diego Nogueira, “Asfalto”, de Moacyr Massulo, “O Tempo que volta”, de Abelly Cristyne e “Uma Doce Dama”, de Leonardo José Mancini. As exibições acontecem no domingo, dia 4, às 16h.
Já as seis produções do Amazonas que concorrem na categoria Mostra Competitiva Amazonas Documentário são “Retratos de Manaus”, de Sergio Cobelo; “Filhos do Haiti”, de Ari Santos; “Chão Molhado”, de Everton Macedo e Silva; “Cinema em Trânsito”, de João Áureo (Parintins), “A Última Travessia”, de Joice Caster (Parintins) e “No Rádio do seu Coração”, de Elisa Bessa e Iadilce Pontes. Essas exibições acontecem na segunda-feira, dia 5, às 16h30.
Gisele Fraga na Plateia do Teatro Amazonas
Um total de 37 produções concorrem à premiação de R$ 33 mil na 9ª edição do Amazonas Film Festival. Dividido em categorias, a Mostra Competitiva Internacional de Longa-Metragem tem, por exemplo, 8 filmes concorrendo; a Mostra Competitiva de Curta-Metragem Brasil tem 14; a Mostra Competitiva de Curta-Metragem Amazonas tem 9 e a Mostra Competitiva de Curta-Metragem Amazonas Documentário tem 6.
Lembrando ainda que o AFF acontece de 03 a 09 de novembro, e fora o Teatro Amazonas, os filmes ainda irão passar também em hospitais, asilos, paradas de ônibus, universidades e outros. Saiba mais no site http://www.amazonasfilmfestival.com.br . Passem lá e prestigiem o cinema amazonense.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Poder Paranormal
Vocês já se deram conta de quantos filmes apresentaram a palavra PARANORMAL em seus títulos nos últimos três anos? Podemos afirmar que essa “onda de paranormalidade” cinematográfica começou com o filme Atividade Paranormal em 2009 e de lá prá cá só tem se expandido cada vez mais. Motivo?! É simples. Hollywood descobriu que essa palavrinha mágica pode gerar um lucro enorme cada vez que ela aparece no nome de algum filme ou que o filme trate desse assunto, direta ou indiretamente.
Em “Poder Paranormal”, cujo o título original seria RED LIGHTS (a explicação ta no filme) a paranormalidade é tratada da forma mais direta possível e entra mais uma vez em cena a luta da ciência em desmascarar os famosos charlatões. O tema é um dos mais polêmicos na vida real e até a ciência se divide entre aqueles que acreditam e os que não acreditam na paranormalidade. E foi isso que o diretor espanhol Rodrigo Cortés tenta mostrar nesse seu segundo trabalho nas telonas, o primeiro foi “Enterrado Vivo”, para isso escolheu um elenco de peso e o resultado foi um filme interessante, mas que não chega a ser nota 10.
No longa, Sigourney Weaver é Margaret Matheson uma cientista que estuda a paranormalidade a mais de trinta anos e afirma que durante todo esse tempo nunca presenciou nenhum “milagre”, é dela aliás uma das frases que torna o trailer interessante “Há pessoas que acham que possuem algum poder sobrenatural e há aquelas que acham que podem nos enganar com truques...as duas estão erradas”. Ela conta com a ajuda do seu assistente Tom Buckley (Cillian Murphy) que é doutor em física e juntos formam uma dupla especializada em desmascarar “atividades paranormais”.
O interessante é que no decorrer do filme, os cientistas dissecam alguns fenômenos metafísicos tudo com base científica e deixando bem claro que, segundo a visão deles, fantasmas e pessoas com poderes paranormais não existem e que o objetivo deles é simplesmente desmascarar atividades fraudulentas. E aqui eu abro um parêntese em afirmar que quem gosta desse tipo de assunto vai achar surpreendente certas cenas em que isso acontece. Obs: Atenção especial na cena em que a dupla desvenda as armações do “vidente” argentino Leonardo Palladino, talvez você ache alguma coisa semelhante no discurso e nos gestos do personagem :)

A rotina deles seguia normalmente, caso após caso em busca de fraude, até o retorno de Simon Silver (Robert De Niro), um vidente cego de fama internacional, que resolve retornar depois de 30 anos afastado das apresentações por causa de uma misteriosa morte de um repórter que o acusava de ser mentiroso. Depois que Silver entra em cena, tanto a vida dos cientistas quanto a dos telespectadores começa a ficar confusa. Tom insiste em investigar os supostos poderes do médium, enquanto que Margareth, por causa de um dilema pessoal, prefere deixar o assunto de lado.
Como Silver é um homem capaz de levitar, entortar talheres, adivinhar pensamentos e fazer outros truques, suas apresentações são sempre lotadas e chamam cada vez mais a atenção de Tom, que se torna obcecado por Silver, ao ponto de ignorar os avisos de Margareth e pedir a ajuda da aluna Sally (Elizabeth Olsen) para investigar o famoso médium. A partir de então, fatos misteriosos começam a acontecer e o telespectador tem que prestar bastante atenção para não se perder na trama cheia de cortes rápidos e diálogos que a princípio parecem incompreensíveis, mas que no final acabam fazendo todo o sentido.
E por falar em final, o filme possui uma reviravolta no fim surpreendente ao mesmo tempo que é totalmente previsível. Pode até parecer algo meio paradoxal, mas o filme envolve o telespectador de uma tal forma que nem percebemos o que acontece bem na  nossa frente. E como o próprio personagem de Cillian Murphy diz: o melhor truque é aquele mais simples. Por isso se você ainda não assistiu, preste bastante atenção, pois todo dialogo está ligado e vai ter uma importância para a melhor compreensão do filme.


O filme não tem nada de sobrenatural ou de terror, tem um pouco de suspense para criar o clima em alguns momentos. O que chama mesmo atenção é a interpretação do elenco principal, atores de qualidades como Robert de Niro e Sigourney Weaver dispensam elogios e sempre arrasam mesmo quando atuam como coadjuvantes. E o destaque dessa vez fica a cargo de Cillian Murphy que vem crescendo como ator a cada filme. Porem, como nem tudo são flores, o filme peca por não explorar os “dois lados da moeda” de forma mais simples e tenho certeza que alguns podem sair do cinema com a sensação de que algo não ficou muito bem explicado.
Mesmo assim, vale a pena conferir. Robert Cortés é um diretor que já mostrou que veio para ficar, que sabe lidar com o posicionamento da câmera, com a iluminação e com o clima de suspense, certamente ainda vamos ouvir falar muito dele. Vou ficando por aqui, mais antes gostaria de dedicar a postagem de hoje a dois amigos: Guilherme Fragas pela indicação do filme e T.S.Frank que além de ser uma cinemeira desde o inicio, também é uma grande fan do ator Cillian Murphy. Um abraço a todos e até a próxima. Câmbio e desligo :D

domingo, 23 de setembro de 2012

James Bond 50 anos: Never Say, Never Again (1983).


 Olá cinemeiros, estou de volta com o Especial James Bond, 50 anos de cinema, depois de muita violência por conta de Os Mercenários 2, para escrever sobre um filme possuidor de muita estória e história, nesse contexto afirmo logo de início que se trata de uma produção baseada na obra de Ian Fleming, que seria o primeiro filme da série (mas não foi) e que teve muita, mas muita briga nos tribunais e fora dele também, talvez por isso a obra tenha sido tão bem apresentada nas duas vezes que foi produzida, ou seja, tanto Thunderball (que para mim foi o melhor filme de 007 nos anos 60) quanto Never Say Never Again (que para mim foi o melhor filme de 007 nos anos 80) são fundamentais para a compreensão dos motivos de ser do personagem principal, James Bond.
 


Emílio Largo.


Antes de falar do filme em si ou de sua produção, vai aí um pouco de história bondiana: nos anos 60, três jovens (Ian Fleming, Jack Whittingham e Kevin McClory), não tão jovens assim, escritores formaram um grupo para criar roteiros de 007 para o cinema, criaram vários, um em especial baseado num conto de Cuneo. Este roteiro foi parar nas mãos dos produtores Albert R. Broccoli e Harry Saltzman após os direitos dos livros de 007 serem adquiridos pela dupla (exceto Casino Royale), que decidiu filmar este como o primeiro filme da série, todavia quando os antigos colegas de Fleming compraram o livro Thuderball que Ian Fleming havia lançado em 1961, felizes "pra cacíldis" pois iriam ler uma obra do amigão que havia "se dado bem na vida", a dupla descobriu que o livro era baseado num dos seus inúmeros roteiros dos velhos tempos, mas a autoria estava creditada apenas a Ian Fleming, então se perguntaram: "E nóis?????"
 


Bond recebendo cuidados na clínica de recuperaão.


Por causa dessa pergunta e da gagueira que deu no Ian Fleming na hora de explicar aos ex-parceiros de trabalho o motivo dos nomes não aparecerem no filme, os produtores Broccoli e Saltzman ficaram impedidos de filmar Thunderball, então foi decidido filmar outra obra, de preferência uma que apenas Fleming tivesse escrito, e assim foi feito, filmaram e lançaram, com Sean Connery como James Bond, Dr. No.
 


Bond e Domino.


Enquanto isso, na Sala de Justiça, depois de muito "bate-boca", como: "Tua mãe é isso e tua mãe é aquilo", foi travada uma batalha do tribunal, num processo por plágio e falsa autoria, onde a dupla, de agora, ex-amigos de Ian Fleming argumentou que: S.P.E.C.T.R.E., o terrível Emílio Largo e o texto final haviam sido criação de Kevin McClory e que o texto inicial, desenvolvimento e parte da criação de outros personagens havia sido de  Jack Whittingham, e Fleming pianinho, assim a batalha se arrastou.
 


Connery e Bassinger.


Em 1963, a EON propôs um acordo aos ex-colegas de Fleming, onde eles receberiam os direitos por algumas partes do filme e todo o direito sobre a obra escrita, além de participar da produão e serem mencionados como roteiristas e o mais importante, só poderem tentar refilmar esta obra somente após doze anos, ou seja só poderia haver um novo filme baseado nesta obra após 1976, e assim foi feito: o filme teve direção de Terence Young, com o roteiro de: Richard Maibaum e John Hopkins, história original de Kevin McClory, Jack Whittingham e Ian Fleming e produção de Albert R. Broccoli, Harry Saltzman e Kevin McClory este filme foi um dos mais vistos nos anos 60, por pelo menos 140 milhões de pessoas ao redor do mundo assistiram sua estreia, com uma arrecadação de mais de 140 milhões de dólares na época ou algo para os dias atuais em tono de mais ou menos 1 bilhão de dólares, ajustando a inflação e tudo mais.
 


Ação não faltou nesse filme.


Após o acordo ter expirado em 1976, Kevin McClory decidiu refilmar a estória, mas enfrentou um outro processo, agora da United Artist, sobre esse processo não tenho muito o que escrever, pois não achei uma fonte na Internet que pudesse esclarecer, mas nos anos 80, Kevin McClory abriu um processo contra a United Artist, para conseguir refilmar Thunderball, conseguindo êxito, desde que não fosse usada a logomarca "007", a apresentação: "Meu nome é Bond, James Bond", o nome "Thunderball" a trilha sonora, a abertura oficial e o logo "Walter PPK".
 


Connery muito à vontade como James Bond.


McClory procurou a Orion Pictures para co-produzir o filme, e contrataram Irving Keshner para dirigir, além de conseguir convencer Sean Connery para atuar novamente como Bond, 12 anos após Diamonds are Forever, onde ele afirmou numa entrevista posterior à estréia que nunca mais atuaria como James Bond, para ironizar esta frase, a esposa de Connery, após o SIM do marido, sugeriu que o nome do filme fosse "Never say, never again", algo como nunca mais diga nunca, outra vez, e assim foi rebatizado Thunderball.
 


Bond, na mira sa S.P.E.C.T.R.E.


O filme inicia com um Bond passando por apuros numa base terrorista de algum lugar da Ásia, após derrotar um exército, Bond é ferido mortalmente pela vítima, só então percebemos que se tratava de um treinamento do MI6 e que Bond havia sido reprovado.
A idéia inicial é que Bond precisa ser reciclado, talvez uma crítica ao jeito que a EON estava conduzindo o personagem de Ian Fleming na pele de Roger Moore, mas o que a ORION, com Never say Never Again, propôs foi uma volta às origens do personagem, para isso, Bond foi mandado para um centro de recuperação, mais parecido com um spa, para que pudesse reencontrar a forma ideal.
Enquanto isso a S.P.E.C.T.R.E., que havia sido morta pela EON em 1981 no "Somente para seus olhos", voltou com Blofeld mais cruel do que nunca, aliás, Blofeld aqui não tem o ar cômico que foi apresentado pela Produtora Oficial, mas sim astucioso e desprezível como um vilão de fato merece ter. A SPECTRE trama a sua mais audaciosa tentativa de dominar o mundo, num plano chamado  "As Lágrimas de Allah".
 


A vilã, contratada para matar Bond.


Como este filme também foi baseado na obra de Fleming, Jack Whittingham e Kevin McClory, então é possível compará-lo com Thuderball de 1965, também com Sean Connery, os personagens são os basicamente os mesmos e as situações também, apesar de James Bond estar mais parecido com o Bond dos livros.
 


Feliz Leiter e James Bond.


Neste filme, houve a participação de Kim Bassinger, definitivamente a Bondgirl mais bem sucedida da história bondiana, mesmo não tendo feito parte da Produtora Oficial, com participação decisiva interpretando Domino, para muitos superando Claudine Aunger (mas para mim, Claudine foi a mais bela).
Emílio Largo apresentou-se aqui mais rico e mais perverso, com uma frieza espantosa, mas que não foi páreo à criatividade espiã de Bond. Largo foi vivido por Klaus Maria Brandauer.
 

Quem tambem participou do filme foi Rowan Atkinson (Mr. Bean).
 A música tema também recebeu tratamento diferenciado, interpretada por Leni Hall, foi um sucesso na época, chegando a superar Octopussy.
 Em 1995, a MGM (que ajuda a produzir os filmes da série 007) ganhou os direitos de distribuição de Never Say Never Again, após se tornar a proprietária da Orion Pictures (que co-produziu este filme), ganhando assim o direito de vender o filme como parte da franquia, ouseja, Never say never again também faz parte da franquia.
Fo imuito bom assistir esse filme e rever Sean Connery como Bond, fico imaginando o público naquele ano, onde dois filmes inéditos foram lançados: um com o Bond mais carismático (Moore) e o outro com o primeiro e, para muitos, o melhor Bond de todos os tempos.
Nos anos 90, McClory tentou refilmar novamente a obra, agora com Timothy Dalton, mas a justiça o impediu. O suspense durou até 2006, quando McClory faleceu, e com ele a possibilidade da continuação daquele Bond que foi o melhor do início dos anos 80.
 
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