segunda-feira, 31 de março de 2014

Última Parada 174


Sabia que não ia demorar muito para Isiane Chaves aparecer por aqui trazendo seu texto de cinemeira honorária. Nossa amiga jornalista é outra que nos acompanha desde do início do blog e que está sempre disposta a ajudar com comentários, sugestões e dicas de filmes. Dessa vez, ela mesma escreveu a resenha desse filme nacional baseado numa história real que, infelizmente, não teve um desfecho muito agradável. Acompanhem

Luz, câmera, revolta! Lema carregado no coração do personagem Alê monstro vivido por Marcelo Melo Jr, arrancado ainda bebê dos braços de sua mãe por conta de uma dívida do trafico em 1983. Rumava para um só alvo: liberdade.
Ingenuidade e esperança foram sentimentos que travavam uma batalha com a dureza da triste realidade de Alê.  Os seus referenciais eram o submundo do crime e as drogas. Amor, amizade, lealdade ações estas que o levaram a acreditar em alcançar um mundo em tela colorida. Sociedade para Alê representava algo ameaçador e desconhecido que o fazia permanecer na caverna do esquecimento escura e fria onde a luz tentava entrar, mas o silêncio e incompreensão da tal sociedade impediam.  De personalidade forte Alê gritava aos quatro cantos do mundo que construía e desconstruía para esquecer. Vítima da violência urbana se sentia um ser tragado no mar da revolta. Buscava a conquista ao seu modo esperando o levantar da mão da sociedade.

Abre as cortinas e o espetáculo começa! Inicia sua trajetória nas calçadas da Candelária, seu lar, onde o teto era as estrelas, o céu o sol e a lua a sua iluminaria. Caminhava para um destino desconhecido e incerto passando pela prisão, vivenciando a liberdade libertina, a decepção de amar e ao reencontro materno.   As cortinas se fecham e o seu brilho se apaga como o por do sol. Á grosso modo clamava justiça aos seus pequeninos irmãos e compreensão para a sua dor que gritava na alma. O coração de carne aos poucos se transformava em um trevo seco que a qualquer momento levantaria voo para o mundo do esquecimento.
Cinemeira Isiane
A realidade que o filme retrata ainda existe até hoje. Muitos Alês de hoje travam uma batalha consigo mesmo. Governo, família e amigos muitas vezes não participam desta luta sem saber por onde começar. Problemas existem e suas fórmulas também. Quando as formulas não correspondem aos problemas não há exatidão no resultado, ou seja, não há o eureca, o enfim encontrei a resposta! O pilar central e relevante na vida do ser humano em desordem é a família, principalmente a figura materna. O filme retrata uma cena que levou Alê a morrer com seus sonhos: Voltando para casa após ficar vagando nas ruas frias e escuras esperava encontrar ajuda de sua mãe que olha e diz: “não quero saber de filho bandido”. Foi como fogo queimando seu coração. Mãe, serva e temente a Deus, mas ao mesmo tempo humana falha ao agir na razão.
 
Fica a dica para quem ainda não assistiu dar uma conferida nesse retrato cruel da nossa realidade.

domingo, 30 de março de 2014

Namoro ou Liberdade


Cinemeiros de todo o Brasil, voltei. Agora com um "E aí Comeu?" americano, ou seja, com o "Namoro ou Liberdade", filme que está em cartaz e pode ser acompanhado nos melhores cinemas do País, com: Addison Timlin, Alysia Reiner, Emily Meade, Imogen Poots, Jessica Lucas, Josh Pais,Michael B. Jordan, Miles Teller, Zac Efron. Direção e roteiro de Tom Gormican.
Trata-se de uma comédia americana com situações cotidianas, típicas dos solteiros, é o tradicional filme em que os caras vão ri por se identificar com as situações de fim de relacionamento, sofrer traição, readaptação à vida de solteiro, prometer nunca mais assumir um relacionamento sério novamente e não ter condição de manter a promessa, entre outras coisas. E o público feminino irá gostar também do filme, pois a curiosidade da mulherada com relação à esta fase masculina é maior do que a cara de "não tô entendendo" que elas fazem na hora das piadas sacanas do filme, das cenas apelativas de sexo e da fantasia "sem noção" de Jason (Zac Efron) na festa de aniversário de Ellie (Imogen Poots).
As situações são bem boladas, mas as tiradas dos personagens mais revelam imaturidade do que aprendizado, e experiência de homem, sabemos que essas situações nos trazem aprendizados importantes para o resto da vida e não a vontade de cometer os mesmos erros. Assistindo o filme tive a sensação é de que os pegadores nunca irão sair dos 20 e poucos anos, e é isso mesmo, caso você tenha essa sensação também não se decepcione, pois é um filme americano e nada mais. Nesse tipo de filme o personagem principal sempre tem de terminar bem e todas as sua faltas de escrúpulos são perdoadas como se todo o mal pudesse ser reparado com um momento de sexo, são os americanos.
E aí comeu? é mais engraçado e mais sacana, contudo indico o Namoro ou Liberdade para você, bem acompanhado, dar umas risadas e depois esquecê-lo para sempre.



Cinemeirosnews will returns!

quarta-feira, 26 de março de 2014

O HOSPEDEIRO


Há muito tempo venho querendo falar sobre um filme sul-coreano chamado O Hospedeiro (Gwoemul, 2006), um típico exemplar de “filme-de-monstro-mutante” e como GODZILLA (o maior exemplar desse gênero) vem ai em breve, achei oportuno fazer o comentário antes que o monstro japonês aporte nos cinemas e ofusque o brilho dessa obra que se tornou a produção mais lucrativa da Coréia do Sul, fazendo sucesso em vários festivais por onde passou. Então vamos à trama.

O filme gira em torno da saga de uma família possui um quiosque de alimentação às margens do rio Han, numa bela tarde um terrível monstro emerge das águas fazendo um ataque mortífero a várias pessoas que estavam nas proximidades e, antes de voltar para o rio, sequestra a pequena Hyun-seo filha do abobalhado Kang-du. A partir desse momento, a família entra em desespero total até que surge um fio de esperança com uma ligação de Hyun-seo para avisar que ainda está viva, escondida nos esgotos da cidade.
Kang-du, seu pai, seu irmão e sua irmã iniciam uma caçada para encontrar o tal monstro e resgatar Hyun-seo, ao mesmo tempo em que tem que enfrentar a desconfiança e a arrogância das autoridades e da polícia que não acredita na história deles, acham que estão em choque pelo acontecido e que não querem aceitar que a pequena se foi. O filme é uma mistura de terror, ficção científica, comédia, aventura ao longo de quase duas horas que o espectador não sente passar, sem falar que o embate final da família com a criatura é sensacional.

Para quem gosta de um bom filme de monstro, com uma história dramática e ao mesmo tempo cômica e ótimos efeitos especiais, O Hospedeiro (do diretor Bong Joon-ho) é uma boa pedida. Vale ressaltar que a empresa Weta Workshop, de um tal Peter Jackson, (o mesmo de O Senhor dos Anéis, lembra?), criou o modelo da criatura que parece uma mistura de peixe com lagarto, só que com uns 20 metros de comprimento, resultado de uma mutação causada por produtos radioativos que foram jogados no rio. Tá, convenhamos que essa origem não foi nada original, mas isso não tira o mérito do filme.
Agora você pergunta: por que o nome do filme é o hospedeiro? bom, isso só você assistindo para descobrir. A dica está dada, corra lá e confira. 
Câmbio e desligo :)
 

terça-feira, 25 de março de 2014

MOSTRA DE CINEMA TCHECO EM MANAUS

Para aqueles que gostam um cinema alternativo e diferente daquelas produções de Hollywood, eis ai a oportunidade do povo Manaura curtir essa amostra de filmes contemporâneos "Made in Rep. Tcheca".
 
 
A Mostra de Cinema Tcheco Contemporâneo tem o apoio da Embaixada da República Tcheca e as exibições são gratuitas, com sessões iniciando as 18:30 organizadas pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC)
O local escolhido foi o Cine Teatro Guarany, anexo ao Palácio Rio Negro (Avenida Sete de Setembro, nº 1.546, Centro, zona sul) e os filmes selecionados são de estilos variados:  comédia (“Homens de Esperança”), animação para crianças e adultos (“Retorno de Kuky”), um drama histórico (“Lídice”) e um thriller (“Algemas”).
 
 
Com certeza vale a pena conferir e prestigiar.

sexta-feira, 21 de março de 2014

EVIL DEAD (2013)


"O filme mais aterrorizante do ano". É assim que eu me lembro que foi anunciado, há quase um ano, o remake do filme A MORTE DO DEMÔNIO (EVIL DEAD), um clássico do terror de 1981 que serviu de inspiração para muitos outros filmes que surgiram nessa década, dirigido por um ilustre desconhecido chamado Sam Raimi, que anos depois atingiu a fama e a consagração definitiva como diretor ao dirigir a trilogia do Homem-Aranha.
Então, com tanta moral assim e fãs espalhado no mundo inteiro, era de se esperar que o remake fizesse jus ao original, porém não foi isso que aconteceu e, bastou sair os primeiros trailers para acabar com a esperança dos fãs de verem quem ia interpretar o queixudo Ash enfrentando, literalmente, seus demônios. Porem nem tudo está perdido, para quem gosta de filme de terror e nunca viu o original, pode até gostar, só aviso uma coisa: prepare-se para ver muita violência e sangue, sem falar que certamente vai pegar uns bons sustos.
O problema  da versão de 2013 da morte do demônio é quando se faz comparações, ou melhor, não da nem para comparar. O interessante é que Sam Raimi é um dos produtores do filme, mas deu carta branca para o diretor uruguaio Fede Alvarez fazer o que quisesse com a sua obra prima, e nessa tentativa de reinventar o que já era bom, Alvarez acaba perdendo a mão (e as vezes o foco), exagerando na violência e nas cenas muito fortes, que não tem aquele humor macabro que tinha no filme original e que balançava as emoções, fazendo o telespectador pular da cadeira e no minuto seguinte dar uma boa gargalhada.  
Vamos ao filme então. Um grupo de cinco jovens (três mulheres e dois homens) escolhem passar uns dias numa velha cabana de madeira no meio do mato com o intuito de dar forças para uma amiga que estava tentando largar as drogas. Em determinado momento, eles encontram um livro sinistro no porão da casa, o que eles não sabiam que era SÓ o “Livro dos Mortos” e ao ler alguns trechos (mesmo tendo vários avisos para não ler de jeito nenhum) eles libertam os espíritos malignos (demônios mesmo) na floresta que não vão parar até que todos estejam mortos. Bom, em resumo é isso. Claro que muitas das cenas do original estão presentes no remake, como a cena do alçapão, da motosserra e as cenas da câmera correndo freneticamente no meio das árvores, mas, mesmo assim, ainda temos a sensação que falta alguma coisa e que alguma coisa está em excesso.
Muitos sustos estão garantidos, graças a maquiagem caprichada e a música tenebrosa que toca sempre na hora certa, fazendo arrepiar, mas o fato de não ter Ash, o personagem principal do filme, revolta os fãs mais ferrenhos (como no meu caso) porém, o filme tem uma reviravolta surpreendente nos minutos finais que é bem interessante. Há rumores que uma continuação está prevista graças à cena pós-crédito que eu confesso que para mim foi uma surpresa, melhor até que o filme todo, e tenho certeza que os fãs do filme também vão adorar. Confira se você passou batido. Grande abraço. Câmbio e desligo.


quinta-feira, 20 de março de 2014

Curta o curta: LIGHTS OUT

Imagina você, morando sozinho/a e ao chegar em casa a única coisa quer é tomar um banho comer algo e relaxar. Até ai normal tranquilo, mas o que aconteceria se ao apagar as luzes começasse ver fantasmas, “visagem” como os mais antigos diziam? hummm, tenso né?? É mais ou menos esse o clima que o curta metragem LIGHTS OUT (Luzes Apagadas) traz para o telespectador em meros 2min40s. Achou pouco tempo...mas não se engane, porque apesar de curto (minúsculo eu diria) você vai sentir medo. Sério mesmo, você vai se assustar!! Não é à toa que na divulgação tem a seguinte frase “Você não vai conseguir apagar as luzes a noite depois de ver esse curta”. Ai Gzusss
O diretor de Lights Out é o sueco David F. Sandberg que criou o curta há algum tempo para participar do festival WHO´S THERE – A HORROR SHORT FILM CHALLANGE 2013, mas só agora começou ganhar popularidade e deixar muita gente dormindo na claridade por ai. O cinemeirosnews teve conhecimento desse curta graças a cinemeira Elimara Damasceno, minha amiga jornalista, que trabalha como analista de mídias digitais em uma agência de publicidade. “Recebi o link desse curta por e-mail, quando abri não consegui assistir ao vídeo até o fim porque fiquei com muito medo. Ai eu chamei meus amigos do trabalho e todos assistimos juntos”, declara Elimara que diz ser fã de filme de terror e hoje em dia só dorme de luz acesa...quando dorme!!
Cinemeira Elimara

Na época, o curta de Sanderberg lhe garantiu o prêmio de melhor diretor e ficou entre os primeiros colocados do festival. O próprio diretor declarou que não esperava que o filme tivesse tanta repercussão, mas como tudo que é diferente, bizarro, engraçado ou perturbador faz um enorme sucesso na net, sua obra não poderia ficar de fora desse contexto. Ficou curioso, é claro que o cinemeirosnews não ia deixar você ficar só na curiosidade e vamos disponibilizar o link para você acessar e assistir também, mas avisamos logo que é por sua conta e risco e se tiver dificuldades para dormir depois não vá nos culpar ok. A culpa é da Elimara hehehe

quarta-feira, 19 de março de 2014

JOÃO E MARIA – CAÇADORES DE BRUXAS

Nyvian Barbosa é uma cinemeira que dispensa apresentações. Ela foi a primeira leitora a fazer um comentário na primeira postagem do blog (há quase cinco anos) e, de lá para cá, sempre está dando sua contribuição para o cinemeirosnews. Já chegou a ser uma das administradoras do blog juntamente comigo e com o Alexandre Jorge, e agora volta como “cinemeira honorária” partilhando conosco algumas singelas palavras sobre um gênero de filme que parece estar virando febre em Hollywood, ou seja, filmes inspirados em contos de fadas. Confiram:
Olá, personas cinemeiras. Primeiramente, quero dizer que estou muito feliz e esperançosa com a volta do blog, o fazemos com muito carinho e com “muito gosto”, como dizem os portugueses! A crítica que vou tecer aqui, e as muitas que tecerei, não representa as opiniões de especialistas formados em cinema pelas universidades University of Southern California (USC) e nem New York University Tisch School of the Arts! Aqui só vou dizer se gostei ou não e porquê! E me segurar para não dar spoiler. Francamente, não tenho problemas com spoilers e às vezes são eles que fazem eu me interessar pelo filme “spoilado”, maaaaaas sou uma gota neste mar e isso é assunto para outra postagem!
Prontifiquei-me a falar sobre João E Maria – Caçadores de Bruxa. Sinceramente, fiquei bem satisfeita, pois foi um filme do qual eu gostei bastante! O filme tem algumas particularidades e eu não poderia deixar de comentar sobre o fato de que Hollywood depois que aprendeu a adaptar contos nunca mais parou. Como Branca de Neve e o Caçador, que inclusive me recuso a assistir porque é justamente uma das piores atrizes que conheço que interpreta a Branca de Neve! Diferentemente de A Garota da Capa Vermelha, onde Amanda Seyfried mostra que sabe falar com os pequenos olhinhos que tem! Rs Pois bem!
O conto infantil se transforma em conto para adultos – não aqueles filmes adultos que você pensou, mas o tipo que os mais jovens podem assistir sem cansar os adultos. João e Maria crescem e, depois do trauma com a bruxa da casa de doces, se tornam ávidos caçadores de bruxas. Boas ou más, todas encontram a flecha certeira do Gavião Arqueir... ops, de João. Quero atentar também sobre as tecnologias usadas por eles, que parecem ter sido objetos de estudos para os protótipos das armas usadas hoje. Hahaha. E a doença do coitadinho do João? Não vou dar spoiler, farei você pensar comigo: quando criança, João foi obrigado a comer muitos doces para engordar, certo? (A seguir a pergunta de biologia do meu ensino fundamental!) E qual é a doença caracterizada pela alta taxa de açúcar no sangue? Pois é!
Ai, gente, eu poderia comentar sobre muitas outras coisas de que gostei no filme. Por exemplo, quando a Jean Grey sumiu na estória dos X-Men, na verdade ela foi para o mundo paralelo de João e Maria para ser a bruxa má querendo acabar com tudo.
Houve muitas críticas negativas, como o fato de ser trash, previsível, história fraca, efeitos fracos, duração curta, etc. Posso dizer que algumas coisas são previsíveis sim, mas não diria trash. Defendo o argumento do “o que poderia esperar de uma história baseada num conto de fadas?” Ainda considero que seja uma ótima adaptação, cujo roteiro seja bem escrito e estória bem amarrada, fazendo muitas referências ao conto que conhecemos e, inclusive, explica por que o pai os abandona na floresta e onde está a mãe deles. Sem falar que mostra os dois irmãos muito unidos, bem família mesmo, pois eles só têm um ao outro para se proteger.
Cinemeira Nyvian
 
O segundo filme deve ser lançado neste ano, mas ainda não há uma data definida. Pelas minhas pesquisas, a história deste promete ir além: João e Maria passam a ser a caça e têm que enfrentar um mal muito maior do que as bruxas… seu passado. Só vou perguntar duas coisas de quem assistir primeiro que eu: se Maria vai bater mais que apanhar e se vai ter muito sangue. Isso caracteriza spoiler? Costumo ficar bem chateada ao ver sangue quando não espero. Mas eu quero assistir!

É Ny, esse eu também quero ver!!!!

terça-feira, 18 de março de 2014

REC 3 - GENESIS

Sabe aquela frase que diz: “até que a morte os separe”. Pois é, ela resume bem o que seria o filme REC 3 – Genesis, que agora se passa em uma festa de casamento. Mas, antes de tecer os comentários sobre mais um longa dessa franquia do terror espanhol, seria interessante fazer uma pequena recapitulada nos dois primeiros filmes da série que foi um sucesso no mundo inteiro. Vale lembrar que REC, é abreviação de recording, aquele botão que existe nas câmeras filmadoras que a gente aperta quando quer gravar algo. Tenho a sensação que escutei alguém dizendo: ahhhhhh, então é por isso?!?!
Em REC (2007) o terror começa quando uma repórter de televisão e seu cinegrafista seguem um grupo de bombeiros da cidade de Barcelona, até um prédio na para atender um caso estranho, supostamente causado por uma misteriosa infecção que deixa as vitimas parecidos com zumbis sedentos por sangue. Uma vez dentro do condominio, junto com os bombeiros e os demais moradores do local, a reporter e seu cameraman começam a filmar tudo o que acontece e aos poucos percebem que o que era para ser uma simples matéria sobre a rotina dos bombeiros, acaba se tornando a pior noite de suas vidas. O filme agradou público e crítica, o sucesso foi tanto que ganhou até uma versão hollywoodiana chamada Quarentena.
REC 2 – POSSUÍDOS (2009), continua exatamente de onde o primeiro filme parou e mantem o mesmo clima de tensão e terror que o anterior, fazendo é claro muitos referências a ele. Obviamente que o subtítulo do filme já tira um pouco da surpresa do que seria o foco dessa sequencia, mas mesmo assim o filme consegue ser tão bom quanto o primeiro e dessa vez, os protagonistas são a equipe da SWAT que invade o prédio junto com um médico responsável por analisar e descobrir a causa da infecção. Além de bons sustos, Rec 2 também traz uma reviravolta angustiante no final que deixa os telespectadores arrepiados e ansiosos pela próxima parte.
REC 3 – Genesis (2012), ao contrário dos dois filmes anteriores, não se passa num prédio e sim numa festa de casamento como já foi dito. Outra diferença é que o filme também não é mais visto em primeira pessoa, (tirando aos 10 minutos iniciais) que era o charme e a marca registrada dos dois primeiros filmes e poderia ter se mantido no terceiro também. E, no dia mais feliz do casal Clara (Letícia Dolera) e Koldo (Diego Martín) tudo corria tranquilamente bem, após a cerimônia, seus convidados começaram a se soltar no salão de festa de uma mansão com muita alegria e descontração, até que do nada seus amigos e familiares começaram a se transformar em criaturas medonhas e violentas, atacando tudo e todos a seu redor.
Na hora da confusão, os noivos se separam, e acabam ficando em grupos diferentes tentando sobreviver e a partir daí o filme se resume em Koldo tentando encontrar Clara e vice-versa, afinal, é até que a morte os separe e não os zumbis né?. Agora porque Genesis no subtítulo? Tudo indica que esse filme seria um spin-off dos dois primeiros, seria algo que começou antes do que foi retratado em Rec 1 e 2, visto que aparece o veterinário que cuidou do cachorrinho do primeiro filme e ele é o primeiro a se transformar gerando todo o caos que vemos.
Infelizmente, em virtude da burocracia que existe em nosso pais o filme chegou com atraso e foi lançado diretamente em DVD, mas na minha opinião foi até bom assim porque os fâs não gastaram dinheiro a toa no cinema, pois REC 3, apesar de manter o mesmo diretor dos primeiros filmes – Paco Plaza, é infinitamente inferior aos outros, alguns momentos chega a ser hilário (como o animador de festas correndo dos zumbis vestido de bob esponja) em outros beira trash em virtude dos pessimos efeitos. Vamos aguardar para que REC 4 - Apocalipse seja mais fiel à mitologia dos dois primeiros, porque se repetir a receita do terceiro, será mais uma decepção na certa.
Até a próxima, câmbio e desligo!!

Para ler mais sobre REC

domingo, 16 de março de 2014

Frozen - Uma Aventura Congelante


Um reino distante e cheio de magia, uma família feliz com um segredo, cenários bem elaborados e gráficos de encher os olhos, acompanhados de uma trila sonora impecável e de personagens que nos leva a picos de humor e drama. Bom todo bom cinemeiro sabe que estou falando de um filme com a impecável marca dos estúdios Disney.

A estória se passa no reino de Arendel e tem como foco as irmãs Anna (Kristen Bell) e Elsa (Idina Menzel), princesas do reino que são obrigadas a afastar-se na infância por conta de um acidente envolvendo os poderes mágicos de manipular o gelo da irmã mais velha Elsa. Anna cresce em um palácio vazio com a irmã sempre trancada em seu quarto até o dia da coroação de Elsa e sua primeira aparição para as pessoas em anos, o que causa em alvoroço em Anna, os súditos e nos reinos vizinhos.


Tudo ia bem até que Elsa, não conseguindo controlar seus poderes acaba fugindo do seu palácio e liberando uma forte nevasca que acaba condenando todo o reino a um forte inverno fora de época. Cabe a Anna e seus novos amigos Kristof (Jonathan Groff), o boneco de neve que adora abraços calorosos e sonha com o verão Olaf (Josh Gad) e a rena Sven, saírem a procura de Elsa, para traze-la de volta a seu reino e acabar com o forte inverno.


A animação tem enredo impecável, com algumas surpresas e outras atitudes previsíveis para quem acompanha os trabalhos da Disney. As músicas são agradáveis e aparecem em momentos oportunos na trama, na medida certa a não tornarem-se enfadonhas.


Frozen é um filme emocionante, com personagens bem trabalhados e gráficos que enchem os olhos, é o tipo de película que você pode assistir com os filhos, a esposa, os pais ou os amigos. Recomendo para todos os amantes da sétima arte é um dos filmes que merecem estar na lista de qualquer cinéfilo.



quarta-feira, 12 de março de 2014

ROBOCOP


Um remake que não parece remake, essa foi minha maior impressão sobre o filme dirigido por José Padilha (Tropa de Elite 1 e 2), muitas das características da obra original que caracterizavam o personagem criado por Frank Miller (300, Sim City) nos anos oitenta estão ausentes, principalmente a violência que marca a transformação do personagem Alex Murph, vivido por Joel Kinnaman (A Hora da Escuridão), no tira "meio homem, meio máquina" que todos conhecemos.

Nesta "refilmagem"  o que norteia o roteiro não é a falta de controle da polícia quando a segurança ou um traficante com uma droga nova e altamente viciante, mas sim a proibição do uso de drones dentro dos Estados Unidos, em 2028, os drones substituem soldados em guerras e operações de pacificação fora do país, mas não são permitidos para proteção interna por uma lei que alega que para tal haveria necessidade do fator humano, ai surge a ideia de utilizar um cérebro humano em um corpo cibernético.

O policial Murph, vítima de um atentado e sem chances de recuperação é selecionado para o programa ROBOCOP da Ommini Corp, capitaneado pelo Dr. Norton interpretado por Gary Oldman (Os Infratores). O processo de adaptação de Murph com sua nova realidade é muito rápido, confesso que senti falta da melancolia agoniante do ROBOCOP oitentista.


Bom, mas da mesma forma que senti falta de vários fatores da obra original tenho que falar bem, e muito bem do efeitos especiais, foi muito agradável ver Robocop correndo e pulando, e pulando alto, assim como os drones que no original eram feitos em stop motion com maquetes.
Bom pra terminar, faltou um bom vilão, Michael Keaton (Batman), que interpreta Reymond Sellers, não conseguiu colocar-se como um antagonista a altura do "tira total", não tanto pelo ator, mas sim pelo roteiro. Aconselho assistir Robocop, é um bom divertimento, mas veja como um novo filme, sem referências ao filme anterior.

segunda-feira, 10 de março de 2014

A pele que habito


Olá cinemeiros de todo o Brasil, estamos de volta com mais uma postagem de um “cinemeiro honorário” e dessa vez que veio dar uma palhinha no blog foi a nossa amiga Karine Araújo, que está conosco desde os primórdios do blog há mais ou menos cinco anos. Como aqui cada um tem a liberdade de escrever sobre o filme que quiser, Karine (ou Belka como também gosta de ser chamada) escreveu algumas linhas sobre um filme tenso e, conforme o próprio cartaz avisa: você não vai esquecer tão cedo. Confira
A pele que habito (2011) é um longa escrito e dirigido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar. Um filme de drama e suspense que conta a história de um cirurgião plástico chamado Robert Ledgard (Antônio Banderas) e sua obsessão em criar uma pele sintética que fosse resistente à praticamente tudo, principalmente a queimaduras. 

A cobaia de sua experiência é uma misteriosa mulher, chamada Vera, interpretada pela atriz Elena Anaya. Quem é essa mulher? O que ela é para o médico que a mantém presa e monitorada 24 horas por dia? Ao decorrer do filme todas as respostas para essas perguntas vão surgindo por meio de flashbacks que rompem a linearidade da narrativa do filme. 

De início, o filme gira em torno do médico, que desafia todas as regras de conduta da medicina em prol de sua experiência, e de sua cobaia. Até aí o espectador fica meio que sem entender o sentido do filme. Mas com o desenrolar da narrativa, coisas surpreendentes acontecem: deparamos-nos com o horror da criação do doutor Robert e vemos que sua obsessão não é necessariamente com a pele perfeita.
Cinemeira Karine cheia de charme

E quanto a Vera??? Ela é a cobaia do doutor. O nome do filme nos leva a pensar e a decifrar o enigma dessa mulher. Se Robert Ledgard é um cirurgião plástico criador de uma pele sintética, então podemos chegar a conclusão de que a pele de Vera não é a que vemos. Será que Vera foi vítima de alguma doença de pele e por isso o doutor a testa em seus experimentos? Só assistindo ao filme para saber. Mas posso garantir a vocês que o título do filme condiz com o enredo do mesmo.  


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