domingo, 23 de novembro de 2014

Drácula - A história nunca contada.

Diferente de “Crepúsculo”, “Lua Nova” ou todas aquelas tentativas de filmes de vampiros que vimos na recente década, “Drácula – A história nunca contada” trouxe um filme que mais se aproximou do que nossa imaginação sempre idealizou para os vampiros: românticos, sedutores, inteligentes, perspicazes, fortes, cruéis, guerreiros e líderes. Apesar desses adjetivos, “Drácula – A história nunca contada” também cometeu alguns deslizes, não o filme em si, mas sua produção, onde em certos momentos a pressa para terminar o filme e já pensar na continuação se tornou evidente, se é que antes de iniciar as filmagens a produção já não estava mais preocupada com isso do que com o filme em si.
“Dracula nasceu na Transilvânia em 1431, na cidade de Sighisoara, ou Schassburg. Seu pai, Vlad Dracul (Vlad, O Demônio), foi membro um da Ordem do Dragão, o que significava um pacto de luta eterna contra os turcos. O nome Dracul significava Dragão ou Demônio, e se tornou símbolo de seu pai porque ele usava o símbolo do dragão em suas moedas. Com a idade de apenas 13 anos, Dracula foi capturado pelos turcos, que o ensinaram a torturar e empalar pessoas. Mas foi sob o seu reinado de em Wallachia, de 1456 a 1462, que ele realmente teve a chance de usar seus conhecimentos. Foi nessa época que surgiu a maioria das histórias. Por exemplo: um dia Dracula viu um homem com a camisa suja e maltrapilha. Ele perguntou se o homem tinha uma esposa, e o homem respondeu que sim, Dracula percebeu que ela era uma mulher saudável e cheia de fibra, e a chamou de preguiçosa. Como castigo, ela teve as mãos decepadas e seu corpo empalado. Ele procurou uma nova esposa para o homem e mostrou a ela o que acontecera com sua preguiçosa predecessora como uma forma de aviso. A nova mulher, definitivamente, não era preguiçosa.” Isso sendo verdade (retirei do SitedeCuriosidades.com: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-lenda-do-dracula.html) Drácula era de fato um homem defensor dos homens.
O ano, não sei bem ao certo, mas o príncipe Vlad era um guerreiro diferenciado, entregue ainda pequeno, pelo seu pai, aos turcos, o jovem príncipe aprendeu a arte de guerrear, as técnicas e táticas militares, destacando-se e retornando à Transilvânia como uma verdadeira máquina letal de guerra. Assim o filme apresentou o protagonista, reforçando com imagens de guerras, onde o príncipe empalava seus inimigos e era reverenciado por todos, quando retorna ao Castelo Drácula, ele decide mudar de conduta e passa a se dedicar mais ao seu povo.
Esse filme lembrou muito a novela brasileira “Vamp” da Rede Globo, escrita pelo amazonense Antônio Calmon, exibida em 1991. Meu irmão mais velho me contou que nessa novela o conde Wadymir Polanski perseguiu a personagem Natasha e que próximo do fim da novela foi revelado que eles tinham passado por uma experiência no passado, ou seja, o conde Wlad havia usado sua eternidade para reencontrar a amada no presente. Bom, resumindo o filme “Drácula – A história nunca contada” foi isso aê, é claro que houve um recheio na história e que tudo será levado em conta no filme posterior.
O príncipe Vlad recebeu a ordem de entregar à Turquia 1000 garotos para que fossem treinados para servir o exército do sultão, no entanto o filho do príncipe se encaixava no perfil, por isso deveria também ser entregue, o que deixou a princesa da Transilvânia inconformada, assim o príncipe Vlad foi até uma caverna, onde antes estivera, para pedir ajuda a uma criatura assustadora e sombria, que lhe deu o próprio sangue para beber e explicou a condição: Ele, o príncipe, ficaria com a força de 100 homens, sendo imortal e assim poderia vencer o exército inimigo, contudo ele ficaria tentado por sangue, mas não poderia se entregar à tentação, senão não voltaria a ser mortal de novo.
A continuação promete ser mais intrigante, se neste primeiro filme o “mais do mesmo” prevaleceu, a sequência deve e precisa ser um pouco complexa para que a franquia não perca a qualidade e o respeito adquirido pelo primeiro filme, até por que os últimos filmes que envolveram os vampiros deixaram uma péssima impressão, nesse, que por pouco não se chamou “Drácula – Ano zero”, o pontapé foi dado e a expectativa de que a continuidade revele outras situações macabras sobre o príncipe Vlad foi criada.
Por isso, Cinemeiros, não esqueçam de comentarem, caso já tenham assistido, e caso ainda não assistiram e se interessem por filmes do gênero, assistam. Nosso blog tem, desde um tempo, o Instagram, por isso visite-nos.

Elenco: Luke Evans, Sarah Gadon, Dominic Cooper
Direção: Gary Shore.

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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sin City - A Dama Fatal




É noite, sei que é noite porque só consigo identificar, das penumbras onde encontro consolo em uma garrafa de bebida, as grandes “línguas" negras formada pelo choque da luz pálida da lua com os antigos prédios da cidade, uma quadra a minha frente vejo um mendigo em chamas e escuto as súplicas de um outro tentando evitar o mesmo destino. Me aproximo e vejo quatro garotos, provavelmente da faculdade, ensopando o pobre coitado com um liquido inflamável, eles vieram brincar no meu território, eles não sabem com quem estão brincando… Esta é a livre narração do pensamento do personagem Mark, e descreve os primeiros minutos de A Dama Fatal, um filme que recomendo para todo cinemeiro que alem de filmes gosta de revistas em quadrinho.

O filme é uma sequencia sem flashback’s de Sin City - A cidade do pecado (2005), e por não ter flashback’s pode confundir o cinéfilo que não assistiu ao primeiro longa, que também recomendo. Esta continuação segue a fórmula da primeira película, com três estórias independentes se intercalando durante a projeção, todas se passam na “cidade do pecado”, uma sociedade extremamente violenta, com políticos e polícia corrupta, e com uma área, chamada cidade baixa, onde as prostitutas são a lei e a polícia não se atreve a entrar, sendo um “santuário" para os fora da lei que conseguem refúgio com as garotas.

O filme é baseado em HQ homônima, criada por Frank Miller (Robocop 2, que também foi baseado em uma HQ) e, das três histórias que compõem a trama, duas são inéditas e a que dá nome ao filme já é conhecida dos fãs dos quadrinhos.

Senhor@s, assisti ao filme depois de reler a HQ, e posso afirmar que não decepciona, somos mais uma vez transportados às ruas deprimentes da cidade do pecado, entramos na cabeça de seus personagens e nossas retinas são mais uma vez acariciadas pela alta qualidade das filmagem 100% digital, que nos agraciam com efeitos de sobreposição do preto e branco com o colorido, Miller não perdeu a mão nas histórias adicionais que, mesmo sendo independentes, acabam amalgamadas. O único demérito que infelizmente encontrei, foi o fato do filme necessitar que o expectador tenha assistido seu anterior para conseguir realmente compreender a história e a motivação de vários personagens, o que não é nenhum sacrifício para os fãs, mas decepciona o cinemeiro curioso que terá o primeiro contato com os personagens de Miller.


FICHA TÉCNICA   
Título: Sin City - A Dama Fatal
Direção:

Frank Miller / Roberto Rodrigues

Roteiro: Frank Miller / Roberto Rodrigues / William Monahan
Elenco:

Eva Green / Jessica Alba / Josh Brolin / Ray Liotta / Bruce Willis / Mickey Rourke.

Avaliação:
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domingo, 2 de novembro de 2014

O Apocalipse

Francamente, Nicolas Cage não merecia passar por isso, eu gosto do trabalho dele, o comparo com outro ator de que gosto muito também que é o Kevin Spacey (que em breve comentarei na série House of Cards), eles fazem filmes divertidos e sempre se destacam nas produções em que participam, enfim. Mas esse “O Apocalipse” é muito ruim, sabe o estilo lamentável de “pregar a qualquer custo” usando o cinema, ultimamente tivemos o “Deus não está morto”, muito bem comentado aqui pelo Cinemeiro Petty Albuquerque, e que para mim foi muito ruim, afinal querem empurrar goela abaixo na gente sua escolha de fé, fazendo com que acreditemos que uns são maus e que eles são os únicos bons no universo. Sei que só assiste quem quer, mas cinema, pelo menos para mim, é coisa séria, e muito séria mesmo.
Em “O Apocalispe” Cage faz o personagem Rayford Steele, um piloto de avião casado e infiel, que passa por momento conturbado no casamento, e que recebe a visita da filha, contudo Ray resolve trabalhar preferindo a companhia de uma jovem aeromoça do que a da família. Até aí tudo bem, o filme relata nos seus 25 ou 30 minutos o cotidiano de pessoas normais, casadas, que estudam, divertem-se, gostam-se e que procuram viver da melhor forma possível dentro de suas possibilidades. Tudo bem, durante o período de adaptação ao filme (batizado assim por mim), longo, mas que eu acreditava ser necessário para o que viria, os personagens debatiam sobre o papel do homem ao macular o mundo criado por Deus, derivando uma discussão ferrenha no aeroporto, onde a voz alterada da filha do personagem de Cage determinou o vencedor do embate, fazendo com que aquela fosse aceita como a verdade absoluta, no filme.
Assim, como no filme “Deus não está morto”, aqui os que não concordam com a opinião teológica, o que é apenas opinião, dos “tementes a Deus” são vistos e agem como intolerantes, como se a pessoa, ou fosse do bem, ou fosse do mal, adivinhem quem são os do bem?
Por isso quando o arrebatamento vem seguido de ação, todas as cenas soam vazias, devido à falta de originalidade do roteiro, que se preocupou em priorizar ideias semitas ao invés de investir na história ou na ideia que a estória traz, afinal o nome apocalipse sempre nos lembrou destruição, fim do mundo etc. Aqui é mostrado que alguns são levados ao paraíso por um fenômeno presente na Bíblia chamado arrebatamento, logo o pânico toma conta da humanidade, contudo os que ficaram enfrentam as maiores tragédias e desgraças possíveis. Nicolas Cage e seu personagem vivem paralelo a isso, pois ele está no ar e, apesar de passageiros terem desaparecidos com o “arrebatamento”, sofre uma crise forte de consciência ao lembrar do que sua esposa sempre dizia, mas ele jamais valorizou, assim seu personagem se vê pressionado a reconhecer, aceitar e pedir perdão à esposa, mas ela já havia sido arrebatada.
Após a cena típica de pouso forçado do avião, no qual o personagem do Cage é o comandante, o filme termina, sem nenhuma lógica, e deixa claro uma continuação (o que virou moda, basta ler os nossos últimos comentários aqui no Cinemeirosnews.com), o que é lamentável, afinal filme ruim era para ser deletado e não continuado.
Elenco:
Nicolas Cage, Cassi Thomson, Chad Michael Murray, Lea Thompson
Direção:
Vic Armstrong.
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