quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Esse eu quero ver: Os Caça-Fantasmas 3

Na postagem anterior eu comentei sobre a morte do ator Harold Ramis, que interpretou Egon Spengler, um dos quatro Caça-Fantasmas nos dois filmes da série (1984 e 1989). Pois é, tal notícia fez eu me perguntar: será que um dia veremos mais um filme dessa franquia que obteve tanto sucesso e conquistou pessoas no mundo todo, visto que o roteirista de ambos os filmes também era o ator que faleceu? mas eis que veio a tão aguardada notícia e confirmação que um terceiro filme ira sim sair, só demorará mais um pouco, pois os novos roteiristas Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky estão fazendo alguns ajustes porque no script anterior, Ramis, junto com Bill Murray e Dan Aykroyd, os "caça-fantasmas" dos primeiros filmes, fariam uma participação especial como os veteranos de uma nova geração de Ghostbusteres.
 Pessoal, acho que está na hora de eu passar o bastão! 
Uma curiosidade, essa não será a primeira vez que um roteiro de Os Caça-Fantasmas será reescrito. O longa de 1984 teve que sofrer alterações após a morte do ator John Belushi, dois anos antes, que estava cotado para um dos papéis na época. Outro fato interessante, é que o terceiro filme já deveria ter saído há anos, só que houve um desentendimento básico entre o estúdio e o ator Bill Murray, que interpretava Peter Venkman, que morria no longa e voltava como fantasma para ajudar seus colegas pegar uma grande ameaça (que muitos afirmavam ser o "bicho-papão"). O estúdio não gostou muito da ideia e o projeto foi arquivado. Mas uma coisa é certa, o filme está de pé e vai mesmo sair, ao que tudo indica serás obre o comando de Ivan Reitman, diretor dos outros dois filmes, sucesso dos anos 80. Agora é só aguardar e torcer para que não haja mais nenhum imprevisto e em breve estarmos cantando novamente aquela bela canção, cujo refrão ecoa até hoje nas mentes dos fãs mais nostálgicos. "I Ain't afraid of ghosts" (algo como: eu não tenho medo de nenhum fantasma) 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

LUTO: Harold Ramis


Sem dúvida de todos os Caça-Fantasmas, Egon Spengler era o mais intelectual e, talvez por isso, o menos carismático e sem graça de todos os quatro integrantes do grupo. Porém, nem por isso o personagem não era amado e a prova disso veio com a reação de milhares de fâs que se comoveram e prestaram suas ultimas homenagens ao ator,roteirista, diretor e produtor de cinema Harold Allen Ramis (69) que faleceu que faleceu na manha de ontem, 24, em virtude de complicações relacionadas a uma rara doença inflamatória auto-imune, que provoca inchaço dos vasos sanguíneos. 
Homenagem dos fãs nas redes sociais
Egon no desenho dos Caça-Fantasmas
Muitos podem até achar que o ator era meio desconhecido e, tirando o sucesso do filmes "Os Caça-Fantasmas" que na década de 80 arrecadou algo em torno de US$ 291,6 milhões de dólares em todo mundo, talvez fique difícil de encontrar outro filme com ele. Pois bem, se na frente das cameras ele não obteve o mesmo êxito que os outros três caçadores (Ernie Hudson, Bill Murray e Dan Aykroyd), Ramis encontrou seu prestigio por trás das câmeras, consagrando-se como um roteirista de sucesso, sobretudo em comédias. Vale lembrar que o roteiro dois dois filmes dos Caça-Fantasmas é dele e até hoje o longa  figura no ranking das comédias de maior bilheteria do cinema, sem falar que Ramis também se aventurou na direção de alguns filmes menores e os episódios da série The office
 O que podemos dizer agora ao eterno Egon a não ser, vá em paz... agora estás junto com o Geleia nesse mundo de ectoplasmas.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ela

Olá, Cinemeiros, estamos de volta para mais uma postagem sobre filmes que concorrerão ao Oscar 2014. Trago a vocês o filme “Ela” que foi dirigido por Spike Jonze e escrito por Spike Jonze e Kristen Wiig, com Joaquin Phoenix, Amy Adams, Chris Patt, Rooney Mara, Olivia Wilde, Matt Letscher, Portia Doubleday e as vozes de Scarlett Johansson, Brian Cox, Bill Hader.
Trata-se de um filme futurista, com costumes dos anos cinquenta, numa Los Angeles atemporal, já que não sabemos ao certo em que época se passa, talvez isso tenha deixado um atrativo a mais no filme para uns. Já os que procuram se situar na época do filme, como eu, foi angustiante ver uma relação virtual, onde o protagonista trabalha escrevendo cartas, mas com cenas amareladas ou como se fossem fotos do Instagram (para agregar valor!), mas sem definir uma época específica.
O protagonista é Theodore Twombly, um cara tímido, que passou por um fim de relacionamento dolorido, que se vê numa vida chata, solitária, buscando companhias virtuais através de um programa de relacionamentos, administrando sua vida através da tecnologia, com poucos amigos e sempre procurando motivos para ficar só, beirando a depressão.
Até que Theodore se depara com o O.S.1, que é anunciado como a van guarda da inteligência virtual, mudando toda a sua vida, daí para frente, Samantha (nome que ela mesma escolhe após ler um livro com significado de nomes em menos de um segundo) passa a fazer parte da vida do rapaz, que encontra nela uma forma de preencher o vazio que há em sua vida.
A amizade cresce, logo o O.S. vira cúmplice, organizando e selecionando os e-mails do rapaz, e a partir deles, Samantha vai descobrindo as alegrias, frustrações e sonhos de Theodore, e assim vai mostrando ao cliente formas de superá-los e atingi-los. Em contrapartida, Theodore apresenta à Samantha o mundo real, os sentimentos humanos, as sensações de felicidade, dor, carinho e amor, parecendo uma história com todos os ingredientes para dar certo.
O problema ou não, é que Samantha é um Sistema Operacional, que foi programado para preencher o vazio na vida de quem o compra, tanto que a melhor amiga de Theodore, que acabou terminando um relacionamento também, iniciou um relacionamento com outro O.S., e os O.S. não possuem sentimento de verdade, apenas são programados para realizarem tarefas, mesmo com a voz sexy de Scarlett Johansson às duas da manhã que embalou os sonhos eróticos de Theodore, ainda sim é um Sistema Operacional, porém nada diferente do que Theodore faz, que é escrever cartas, a maioria apaixonadas, expressando sentimentos que não eram verdadeiros. No fim, acredito que o feitiço virou contra o feiticeiro, e Theodore “caiu” na real um pouco tarde, quando se deu conta daquilo que ele sempre soube, porém fez questão de não se preocupar, ele encontrou Samantha numa prateleira de loja, e outras Samanthas estavam lá para outros Lonely people como ele.
Primeiro você assiste e depois comenta, como gostei sou suspeito para escrever além, e dizer que foi um dos mais bonitos romances que o cinema produziu neste século, no entanto gostei mais ainda de rever a Olivia Wilde (bons tempos da Treze), por isso deixo a bola com vocês.


Cinemeirosnews will return! 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

12 Anos de Escravidão




Senhor@s amantes da Sétima arte,

Inicio com este singelo post minha colaboração para nosso querido Blog de cinema, e inicio comentando simplesmente um filme indicado a nove estatuetas do Oscar 2014, é um filme de imagens fortes, baseado em história real publicada em 1853 por Solomon Northup, onde narra todas as agrupas que sofreu desde que foi sequestrado e vendido como escravo.
Solomon, interpretado pelo competente Chiwetel Ejiofor (Amistad, 2012, Salt) é um homem livre e vive com sua família em Saratoga, Nova York e em 1841 é atraído por uma proposta de trabalho a Washington e de lá traficado para o Sul já como escravo é importante ressaltar, principalmente para nós brasileiros, que não temos intimidade com a história do país do Tio San, que o trafico de escravos estava proibido naquele país desde 1815 e que desde 1820 a escravidão era permitida apenas abaixo do paralelo 36, o que este escriba deduz ser para os estados dos sul, que utilizavam a mão de obra escrava em suas grandes plantações, a escravidão só foi erradicada nos EUA em 1863. 




Voltando ao filme, o diretor Steve McQueen (Shame, Hunger) que é xará do ator que fez muito sucesso nas décadas de 60 e 70 com filmes como Papillon e Caçador Implacável, conduz a história em ritmo equilibrado entre cenas fortes de tortura capazes de deixar o Marquês de Sade encabulado, e momentos que retratam dramas pessoais e intrigas entre os personagens inseridos na trama na medida certa, sem tirar o foco da história central, ele realmente consegue em pouco mais de duas horas contar uma história sólida de um drama vivido por um homem culto, que tinha vida estruturada com sua esposa e dois filhos, que num estalar de dedos vê-se numa das mais degradantes situações que uma pessoas pode chegar.
Bom gente, o que mais tenho a falar sobre 12 Anos de Escravidão é que ele foi uma grata surpresa, um filme bem montado, com boas atuações e boa direção, que conta uma história séria sobre um passado triste mas que em nenhum momento tornou-se enfadonha, acredito que poderemos ter algumas surpresas na noite da entrega Oscar e quem sabe após a famosa frase “The Oscar Goes To” escutaremos 12 Anos de Escravidão.



O filme concorre nas seguintes categorias:



Melhor Filme

Melhor Diretor: Steve McQueen
Melhor Ator: Chiwetel Ejiofor 
Melhor Ator Coadjuvante: Michael Fassbender 
Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong'o
Melhor Roteiro Adaptado
Melhor Direção de Arte: Adam Stockhausen e Alice BakerMelhor 
Figurino: Patricia NorrisMelhor 
Edição: Joe Walker

Bom gente, este foi meu primeiro post, espero que tenham gostado e principalmente que assistam ao filme e depois comentem.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Gravidade


Olá cinemeiros.

Agradecendo ao convite do amigo cinemeiro mor Érico, venho aqui escrever algumas linhas sobre um dos filmes mais fantásticos que vi nos últimos anos, Gravidade!
O Plot de Gravidade não é nada novo. Já vimos o mesmo tipo de conflito no ótimo O Náufrago e em outros filmes do gënero, mas em Gravidade a tensão e aflição é levada ao extremo e sequestra o telespectador para dentro da angústia da situação.
Quem não ficou tonto com os rodopios de Sandra Bullock e George Clooney na ausência de gravidade do espaço? Quem não se desesperou com o angustiante realismo dos fragmentos atingindo as estações espaciais e personagens do longa? Enquanto filmes como Star Wars abusavam das explosões e sons no espaço para atrair um público inocente que desconhecia o mundo fora do nosso planeta, em Gravidade o diretor Alfonso Cuarón inteligentemente abre mão dos clichês que hoje só são perdoados nos antigos clássicos e vale-se do realismo extremo para apresentar o thriller de ficção científica à uma audiência amadurecida, extensamente informada sobre fenômenos espaciais e às rotinas dos astronautas fora da nossa casa maior.
Alexandro Castro
Em Gravidade não há explosões, nem sons, nem sangue. O que resultaria em um filme sem sal no passado, torna-se uma experiência admiravelmente real nos dias de hoje e só aumenta a estranha e contraditória sensação de claustrofobia que o filme causa, mesmo se passando no maior de todos os ambientes conhecidos pelo homem.
Do ponto de vista técnico, são muitas, muitas e muitas as inovações e liberdades que o diretor trouxe para o mundo da sétima arte. Na cena inicial, de cara já um dos maiores planos sequência da história do cinema, a câmera brinca com a audiência de forma escandalosa. Há momentos em que o expectador se sente no centro do diálogo entre os protagonistas, sendo a câmera o seu ponto de vista no meio da conversa. Pouco depois, a câmera parece querer fugir da ação e se refugiar da catástrofe que se forma, acompanhando os personagens como se a audiência fosse um terceiro astronauta calado, seguindo os passos dos mais experientes. Em outros momentos, absurdamente bem encaixados, a câmera simplesmente muda durante a ação para uma visão subjetiva, como se o observador incorporasse o personagem sem nenhum único corte de edição! Um absurdo cinematográfico que acredito jamais ter sido tentado antes.
Confesso que após dez anos como designer especializado em computação gráfica, tendo dedicado minha carreira ao mundo da animação digital, motion graphics e efeitos, foi com muita prazer que assisti a diversas cenas sem ter a mínima idéia de como poderiam ter sido executadas. A divulgação meses depois de vídeos mostrando os bastidores das filmagens e os processos digitais que as criaram, só aumentaram a minha admiração pelo trabalho primoroso realizado nessa obra.
Por tudo o que mencionei acima, não há como encerrar sem afirmar que Gravidade foi o melhor filme de 2013. Pode não ter a densidade dos grandes dramas que arrancam lágrimas por gerações. Pode não ter aquela cena de atuação antológica a nível de James Dean e Marlon Brandon que será repetida em youtubes da vida pelos próximos cinquenta anos, mas sem dúvida, nenhum filme ao longo do ano conseguiu tirar a audiência da sua cadeira e colocá-la sofrendo, angustiada e aterrorizada dentro do universo infinitamente imenso e claustrofóbico realizado por Alfonso Cuarón.

Esquentem a pipoca e bom filme.

Alexandro Castro.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

CAPITÃO PHILLIPS

Em 8 de abril de 2009 o navio americano Maersk Alabama, comandado por Richard Phillips, foi abordado por um bando piratas magrelos da Somália, liderados por Abduwali Muse. Apesar de algumas manobras para impedir o saqueamento da carga do navio e a violência contra a sua tripulação, Phillips mesmo assim foi feito refém durante uns cinco dias, num pequeno bote salva-vidas junto com os sequestradores somalis que, como não conseguiram pegar o que queriam, levaram o capitão como uma espécie de moeda de troca. E claro que essa história não poderia acabar nada bem e foi contada pelo próprio Phillips em seu livro A Captain's Duty: Somali Pirates, Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea cujo mesmo foi adaptado para o cinema e agora concorre ao Oscar de melhor filme.
Para conduzir o longa foi chamado o diretor Paul Greengrass (traduzindo: Paulo Gramaverde) que foi o responsável pela direção de A Supremacia Bourne (2003), Vôo United 93 (2005) e O Ultimato Bourne (2007) entre outros. Gramaverde conseguiu trazer ao espectador um filme que é praticamente tensão do inicio ao fim (tirando os 10minutos iniciais) e, obviamente, contou com belíssimas atuações para conseguir tal proeza. E aqui chamo atenção para dois atores em especial.
O primeiro dispensa apresentações, para interpretar o protagonista nada mais nada menos do que Tom Hanks, que trouxe todo seu talento e experiência no cinema (que até já lhe fizeram ganhador de dois Oscars) para compor o personagem. Hanks evita construir um capitão metido a herói e sem medo algum, em muitos momentos o Phillips de Hanks demonstra ser um cara muito inteligente, porém com medo e inseguranças diante de uma ameaça de morte real, principalmente no fim quando ele demonstra a diferença que existe entre um superastro e um ator medíocre. Confesso que fiquei impressionado com a cena e surpreso por ele não ser cotado ao Oscar de melhor ator.
Outra atuação que merece destaque é do ator somálio Barkhad Abdi, que interpreta o líder dos piratas, o que ele tem de desconhecido ele tem de bom. O cara deve pesar uns 40kg, mas interpreta como ninguém, sabendo passar do sarcasmo à violência apenas com um olhar. O próprio Tom Hanks em entrevista chegou a elogiar a atuação do colega e disse que em alguns momentos chegou a se assustar de verdade com ele. Na minha humilde opinião, ele deveria levar um Oscar também.
Ô menino lindo! Vai assustar o tio Hanks vai

Um fato curioso é que o verdadeiro Capitão Richard Phillips chegou a acompanhar de perto as gravações do longa, mas como bom observador, limitou-se apenas a olhar e deixar que os profissionais dessem corpo à sua história. “Um filme precisa ser dramatizado, e foi o que eles fizeram à perfeição, mas o que é mostrado em cena é uma encenação muito próxima do que aconteceu naqueles dias em 2009” disse Phillips em uma entrevista. Sem dúvida é um ótimo filme para quem gosta de um bom thriller.
Além de melhor filme, Capitão Phillips também concorre ao Oscar em outras cinco categorias: melhor ator coadjuvante (Barkhad Abdi, merecida indicação), melhor roteiro adaptado, melhor edição de som, melhor mixagem de som e melhor montagem. Apesar de o páreo ser duro em todas as categorias, os críticos e especialistas em cinema são categóricos em afirmar que Capitão Phillips deve abocanhar pelo menos duas estatuetas. Pena que Tom Hanks não está concorrendo a melhor ator, pois poderia muito bem levar mais uma “lembrancinha” para sua estante. Grande abraço e até a próxima cinemeiros.


Câmbio e desligo!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O “melhor” do trash – Vagina Dentada


Olá amigos Cinemeiros, depois de mais de um ano de “folga”, aqui estou de volta trazendo para vocês uma nova seção do blog chamada: O “MELHOR” DO TRASH. E nada melhor do que começar uma nova seção em “alto nível” não é verdade? por isso, hoje iremos conversar um pouco sobre o polêmico, o interessante, o ilustre desconhecido, porém premiado, VAGINA DENTADA, e olha que eu nem sabia que LÁ nascia dente... mas não dizem que “cinema é cultura”? Pois então.
Bom, antes que alguém pergunte, apesar do título sugestivo que o filme ganhou no Brasil (em inglês o filme chama-se Teeth = dentes), Vagina Dentada não é um filme pornô. Está classificado como terror, mas adivinhem só...também não tem terror, o máximo que você pode sentir é aflição, repulsa e agonia aguda em algumas cenas (principalmente se você for homem, porque homem sente a dor dos companheiros sacou?). Em certos momentos, da até vontade de rir de tão absurda que é a situação, resumindo, é uma “dramédia”.
No filme, Jess Weixler (do seriado The good wife) interpreta Dawn O'Keefe, uma linda loirinha que vive o drama da abstinência sexual por causa de sua religião (tadinha) e também por um pequeno detalhe, sua vagina tem dentes!! na verdade, ao que parece tem uma arcada dentaria completa, indo do dente de leite ao dente do juízo. O interessante é que ela descobre isso da forma mais sanguinolenta possível e, em virtude disso, ela obviamente não consegue fazer ter relações com ninguém e, os que tentam ir para a cama com ela, acabam perdendo a cabeça (tá eu confesso, esse trocadilho foi horrível).
Claro que depois desse belo argumento, o filme não é indicado para menores de 18 anos, aliás, não deveria ser indicado nem para os maiores porque tem cenas realmente repugnantes dos caras perdendo o bilau e outras partes do corpo também. Apesar disso, como já falei antes, o filme consegue gerar alguns momentos de extrema comédia em meio a tanto “terror”, aqui eu chamo atenção para a cena que a personagem principal vai ao ginecologista onde médico vai querer tirar proveito dela (por ser “inocente”) e acaba se dando mal. Se você que está lendo pretende assistir esse filme, preste atenção nessa parte que é a melhor das piores.

"Acho que preciso ir ao dentista porque o ginecologista não ajudou muito"

O filme não explica o porquê de a menina possuir dentes num ligar tão meigo, mas deixa subtendido que é um tipo de anomalia genética. A direção desta “obra prima” fica ao encargo de Mitchell Lichtenstein, especialista em filmes trashes. Vale lembrar que a atriz Jess Weixler ganhou o prêmio do Juri no festival de Sundance em 2007 pela sua surpreendente interpretação. Então cinemeiros, eis ai os altos e baixos desse trash que de tão ruim chega a ser bom, mas você assiste por sua conta e risco ok. Grande abraço e até a próxima.

Câmbio e desligo!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A Última Tentação de Cristo: APROVADO!

Olá cinemeiros, quando pequeno, lembro de ter ouvido uma história de que havia sido lançado um filme que fora dirigido por Satanás, no qual colocava Jesus (sim, o filho de Deus para os Cristãos) no meio de um filme erótico e sem noção alguma, e claro que (quem fosse do "lado de Deus") não podíamos assistir, pois seria um pecado mortal.
Ainda criança ouvi que esse tal filme era uma produção pornográfica, e que Jesus transava loucamente, tinha relações com homens e mulheres e que no fim esse filme seria uma apologia ao mundo do Inferno, governado por Lúcifer e seus parceiros.
O tal filme era "A Última Tentação de Cristo", e o Satanás seria então Martin Scorsese (também diretor de O Lobo de Wall Street, mas não se trata de um Especial Scorsese). Sobre o diretor nada me foi proibido, também nada proibido quanto ao "Jesus" que foi interpretado pelo Willem DaFoe, muito menos quanto ao "Judas", interpretado  pelo Harvey Keitel ou "Maria Madalena", interpretada pela Barbara Hershey. Talvez por não saberem seus nomes nada fora proibido quanto aos atores, mas com relação ao filme, ah esse sim, não podíamos nem ver a propaganda, muito menos conversar sobre.
O tempo foi passando e confesso que esqueci desse filme, fiz parte de grupo de jovens da Igreja Católica e lá ouvi alguns comentários sobre esse filme, mas sem a violenta condenação religiosa, apenas condenação religiosa, porém já não me interessava mais, pois se fosse pra ver sacanagem, achava melhor ir na locadora e ver um filme do Buttman.
O dia chegou, enfim depois de algumas tentativas malsucedidas, pude assistir a esse filme, que traz o personagem principal numa versão pouco conhecida, que sofreu muitas tentações da carne sim, mas que, no filme, mostrou como as superou ou não.
Jesus é um carpinteiro que fazia cruzes para o Império Romano, e por ser nazareno, judeu, se encontrou num conflito "espiritual", portanto foi até Maria Madalena, pediu perdão por coisas que só assistindo o filme para saber e em seguida foi ao deserto para ser tentado por Satanás. Ao voltar soube que João Batista havia sido assassinado, então assume que é o Messias e arrebanha vários seguidores, escolhe os 12 para levar a Boa Nova ao Mundo e inicia sua jornada.
Jesus não deixou de ser divino, mas Scorsese mostrou também sua face humana, mostrou que ele tinha medo, insegurança, angústia, que chorava, que temia, que duvidava. Bom, talvez a história real não tenha sido essa contada da maneira do filme em questão, mas analisando alguns filmes já feitos sobre Jesus Cristo, como: Rei dos Reis ou A paixão de Cristo de Mel Gibson, a Última Tentação de Cristo veio com um propósito, faz o cinemeiro pensar e até a imaginar como seria se a história real tivesse um desfecho diferente, pois é o que Scorsese e Nikos Kazantzakis (que escreveu o livro A Última Tentação de Cristo) propuseram ao próprio personagem principal quando este se encontrava na cruz, esta é a grande sacada do filme, pois é a última tentação que Cristo teve antes de morrer (segundo o livro A Última Tentação de Cristo).
Neste filme, é mostrado o que aconteceu nos últimos anos de vida do personagem principal: seus milagres, pregações, a morte na cruz. Porém os roteiristas não tiraram a história completa dos evangelhos, o autor imaginou os conflitos vividos por um humano que tem de se ajustar à condição de ser homem e ao mesmo tempo filho de Deus. Na condição de homem, Jesus, esteve sujeito às tentações terrenas, mas como filho de Deus, ser divino, ele não deveria ter falhas.
Judas é outro personagem em destaque nesse filme, afinal foi apresentado de forma bem diferente do que acostumamos a ver através das igrejas. Aqui o homem que traiu Jesus é o apóstolo mais próximo do Mestre, homem de confiança que recebe do Messias a missão de traí-lo.

Com: Willem Dafoe, Harvey Keitel, Barbara Hershey, Verna Bloom, Irvin Kershner, Victor Argo, Michael Been, Leo Burmester, Andre Gregory, Randy Danson, Harry Dean Stanton, David Bowie, Juliette Caton e dirigido por Martin Scorsese.
Jesus.
É um excelente filme para ser assistido sem o olhar dogmático. Para mim que, na época de lançamento desse filme, fui cinematicamente bombardeado com informações satânicas a respeito desse filme, agora pude ver o quanto um filme inteligente, com direção e roteiro inteligentes, podem incomodar muita gente, e até hoje continuar incomodando, mesmo com dvd, youtube e mídias que nos facilitam conferir esta obra prima que com certeza mais aproxima o cinemeiro do Personagem Principal, que fascina com suas fragilidades humanas, mas com sua luta para superá-las.
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sábado, 15 de fevereiro de 2014

O Lobo de Wall Street: APROVADO!

Olá, amigos cinemeiros, estamos de volta depois de uma longa estiagem nas postagens, nos comentários e nas opiniões em geral, apesar de acompanhar o dia-a-dia do cinema, mas não tivemos o tempo e o saco suficiente para vir e escrever nossas humildes linhas.
Agora mais maduros e mais ocupados, voltamos para falar sobre os lançamentos e, no meu caso, dar continuidade aos projetos inacabados, afinal há promessa que necessita ser cumprida.
Para essa volta falarei do "O Lobo de Wall Street", filme que assisti por indicação de amigos, mais uma grande atuação de Leonardo DiCaprio, ator que eu tinha uma dificuldade em aceitar, afinal ele é uma fabricação do sensacionalismo hollywoodiano que procuram empurrar goela abaixo os seus queridinhos, mas de uns tempos para cá, venho observando que o Leonardo DiCaprio desenvolveu ótimos personagens ao cinema, e este é mais um.
Em 1987, Jordan Belfort entra para o mundo da corretagem numa empresa de Wall Street, logo ele recebe orientações peculiares de seu chefe Mark Hanna, que o aconselha a utilizar nesse "meio" drogas, sexo, masturbação, prostitutas e a tirar som do peito, com as mãos fechadas, batendo contra seu próprio peito, nasalizando uma melodia. Pronto, o cara tava alucinado para virar uma máquina de ganhar dinheiro.
Esse mundo se mostra cruel, mas Belfort (que é o DiCaprio) resolve pagar para ver e decide tirar sua "habilitação" para corretor, a partir daí ele se atira ao trabalho, mas, como todo o filme do DiCaprio (já é tradição), que só pode ser fastiano de coração, alguma zebra acontece, e nesse filme a porra da zebra aconteceu, e seu emprego foi para o espaço naquela que ficou conhecida como "Segunda-feira Negra" (mais exatamente o dia 19 de outubro de 1987quando mais de 20% das ações da Bolsa de Nova Iorque).
Agora Belfort estava de volta à estaca "abaixo de zero", porém com os ensinamentos do guru Mark Hanna e a percepção de sua esposa Teresa, que num anúncio mostrou ao esforçado e inconsequente Belfort o desejado caminho para o sucesso, prostitutas, sexo coletivo, drogas e dinheiro, muito dinheiro.
Não leve menores pois o FILME NÃO É RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS, devido as fortes cenas de sexo, muito sexo, sexo de tudo o quanto é jeito, e também das impressionantes cenas dos personagens se drogando, e palavrão e muita putaria, mas se seu filho, menor de 18 anos, assiste o Big Brother Brasil da Rede Globo todos os dias, então esse paragrafo não serve para você.
O Lobo de Wall Street é mais uma feliz parceria entre DiCaprio e Scorsese (Gangues de Nova Iorque de 2002, O Aviador de 2004, Os Infiltrados de 2006 e Ilha do Medo de 2010) que foi escolhido como um dos dez melhores filmes do ano pela American Film Institute, mas não foi indicado a nenhum prêmio dessa instituição que eu nunca ouvi falar, além de acumular muitas críticas, que vai desde Organização que defende os direitos dos animais até grupos que condenam o estilo de vida de Jordan Belfort, o classificando como um irresponsável, o que de fato ele foi.
Com: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Matthew McConaughey, Kyle Chandler, Rob Reiner, Jon Bernthal, Jon Favreau e a direção de Martin Scorsese. 
O filme é longo, mais isso não  significa que seja chato, o que não é, você consegue fazer todas as viagens temporais que é sugerida e compreender o momento do personagem principal, além de se escandalizar ou não, com suas atitudes e irresponsabilidades ao logo das quase 3 horas de exibição, contudo não leve sua mãe, só se ela for chegada a uma putaria de cinema. Os demais estão liberados.
Estamos de volta, e os filmes que nos aguardem.

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