segunda-feira, 30 de junho de 2014

CINE HOLLIÚDY



Por Nyvian Barbosa.

Olá, companheir@s cinemeir@s! Cá estou mais uma vez pra falar de quê? Isso mesmo, Cinema Nacional! Eeeeeeeeeeeeeeeê :D

O filme da vez é Cine Holliúdy!


A história se passa no interior do Ceará dos anos 70, quando a televisão estava se alastrando pelo Brasil.

Francisgleydson, personagem principal, viajava de cidade em cidade para exibir seus filmes. Quando via que a televisão ia chegar na cidade onde estava, pegava sua esposa e seu filho, arrumava as malas, punha tudo dentro da loura, a van amarela, e rumavam para outra cidade. Até chegar à cidade pacata de Pacatuba e resolver lá se fixar. Aí começa a história.


Sempre com muita dificuldade, ele e a esposa, Maria das Graças, a “Graciosa”, alugaram o lugar onde seria a sala de cinema. E começaram a trabalhar nela: pintaram, arrumaram, limparam e deixaram tudo um brinco só para grande noite de estreia.

Nesse meio tempo, os outros personagens foram se apresentando. Todas as figuras caricatas de cidades do interior: a moça namoradeira, o namorado dela e o perseguidor do namorado dela, o prefeito aproveitador, a primeira-dama metida, o chato que fica se repetindo, o menino pobre e o menino rico, o padre e o pastor, o ceguinho da praça, entres outros!


Achei muito boa a cena em que as pessoas passam pelo cartaz do filme e comentam sobre o empreendimento. É interessante observar as reações das pessoas: tem os empolgados, os desconfiados, tem gente que vai só pra ver dar errado e outros pra ver a grande novidade. Eles falam sobre o filme, mas é perceptível que a alusão é ao cinema em si. Metalinguagem. Detalhe que quem faz o ceguinho é o cantor Falcão, que também vai ao cinema para VER a novidade.

Eu gostaria dar um grande destaque para o ator amazonense que faz uma participação no filme: Aldenir Trindade Forte (conhecido também como Coti), o “Rambú” do São Jorge. Ele interpreta um amigo de Francisgleydson que pertence à última cidade onde a família morou, antes de Pacatuba. Ele aparece também em um flashback que Francisgleydson tem e nos créditos finais. Ele ficou conhecido por sua vontade de fazer filmes de ação, iguais aos do Rambo, registrado no documentário intitulado “A incrível história de Coti: o Rambo do São Jorge”, do diretor Anderson Mendes.


O filme mostra algumas informações sobre o cinema no Ceará. Dentre as quais, que só existem 5 cidades que tem cinemas no Estado, incluindo a capital Fortaleza. Na minha humilde opinião, situação não é diferente daqui e ainda: pode haver muitas salas de cinemas em Manaus, mas em compensação só tenho a informação de que só existe cinema aqui na capital, com 62 municípios que nosso Amazonas tem.

Já pensou em um longa metragem mostrando as figuras típicas amazonenses? Com nossa linguagem e uma história marcante, no qual os amazonenses também se identificassem? FikDik para os grandes produtores e investidores do cinema local!


Cine Holliúdy é comédia para família, o 1º filme brasileiro com legenda em português (às vezes era preciso com tantas expressões e modos de falar em cearês, rsrs). Há quem diga que é de humor inocente de Chaplin comparado ao jeito jeca de Mazzarope. Sabiam que o ator Edmilson Filho (Francisgleydson) é tricampeão brasileiro de tae-kwon-do? E ele consegue amadorizar isso em sua interpretação da cena final, que mostra que o brasileiro é mesmo um artista: Diante da aflição, o vale é a criatividade!

The End! =) 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

MALÉVOLA



Por Nyvian Barbosa.

Caras companheiras e companheiros,

Cá estou eu mais uma vez a discorrer minhas singulares impressões sobre um filme cuja protagonista é uma mulher que acho muito gata! A nossa Angelina Jolie! Ela é muito Jolie, em francês, linda!!
Malévola, até o nome da personagem ficou bonito no rosto de Angie! Pra começar, aviso mais uma vez: gente, tenho problemas com spoilers. De vez em quando eu deixo escapar uns e não me importo em saber também. Vou tentar me segurar.
Primeiramente, eu chamo a atenção pelo filme ser totalmente inversões de expectativas. A priori, achei que fosse uma lambança só e cá pra mim, pensei: “Releitura da Bela Adormecida? Putz, será que o Shrek aparece?” Mas confiei em Angie e assisti a este filme só por causa dela, admito. E de fato, ela foi a estrela em interpretação. Destaque para a make up de Angelina Jolie e a fotografia do filme! Fez a senhorita Princesa Aurora ser uma MERA coadjuvante e, em alguns momentos, até bobinha demais.

O filme explica tudo e é um daqueles que nos fazem torcer para a vilã: acho que eu, no lugar dela, faria coisas piores! Hehehehe... Posso até dizer que é um bom filme para pessoas que lidam com reputação, comunicação e jornalismo – principalmente, pois nos ensina que sempre existe um ooooutro ponto de vista.
Na historinha clássica, tudo acontece simplesmente porque Malévola é uma bruxa má. Simplesmente. Bruxa, porque quem é má é bruxa. Má porque é má e já nasceu assim. Mas este filme traz a história desde a infância da menina Malévola (e já com aqueles chifres, ui), até mesmo quando ela conheceu certo menino por quem se apaixonou. Pois é, sempre eles surgem para desandar nossa vida! ;)

Tem uma coisa que me fez refletir bastante: o estado de espírito dela. O tom obscuro, alegre ou triste do ambiente por onde ela passa, muda conforme o estado de Malévola. É interessante observar que tudo reflete o íntimo dela: o vai e vem do menino por quem se apaixona e depois descobre que é ganancioso; a floresta obscura reflete a profunda tristeza que carrega. Mas tudo sem perder a imponência! Até quando sofre, Malévola é elegante, hehe! Lembra muito Anjelica Huston quando interpretou Mortícia Adams.
A gente já “saca” qual é a onda dela no primeiro contato com a princesinha ainda bebê, a praguinha! Tem uma cena no dia do batizado da Aurora, que é quando Malévola aparece, que para bom entendedor é a cena que define o perfil da bruxa! Antes de ela rogar todas aquelas pragas do 16º aniversário, sono profundo, rocas, sangue, sono profundo, e tals e tals, ela confirma os votos das fadinhas que a criaram até aquele dia: terá singular beleza, crescerá com graça e será amada por TODOS que a conhecerem. Bom, se eu falar mais que isso, né...

Malévola é pega pelas próprias palavras. O filme ensina a repensar conceitos e a perceber a força e o sentido real das palavras, do beijo de amor, de amor verdadeiro, da figura de pai e de mãe, de família, de motivações, de decisão, de ambições... Nossa, eu poderia escrever horas a fio sobre isso, mas creio que estes sejam os impulsionadores dos conflitos do longa.

Como todo clássico, tem figuras engraçadas, que são as três fadinhas abestadas que criam Aurora; tem o galã, que pra mim é o corvo companheiro de Malévola, que preferia morrer a virar homem – virou homem, mas é um pássaro legal; até mesmo príncipe e final feliz! Assistam e comentem aqui! The End!