terça-feira, 29 de abril de 2014

A EVOLUÇÃO DO CINEMA NACIONAL PARTE I


Por: Nyvian Barbosa

Olá, caros cinemeiros,

Venho novamente tecer meus preciosos comentários nas minhas próprias impressões sobre o cinema. Daí cabe a você concordar ou não, mas tem que dizer o porquê para que tenhamos um diálogo e possamos aprender também! J

Vamos lá! Para começar: Que você acha do Cinema Nacional?
Cinemeira Nyvian defendendo o Cinema Nacional
com unhas e dentes...mais dentes do que unhas!!

Imagino que as respostas vão ser: “acho uma me...leca!” “Não gosto” “Tenho preconceito” “Só tem palavrão e p*t@ria” e por aí vai. Concordo e fui uma dessas pessoas. Mas confesso que hoje meu pensamento está mudando.

Obviamente, ainda existem muitos clichês nos filmes brasileiros e não é preciso ser expert pra constatar isso. Ainda se tem muitas doses de violência, corrupção e conotações sexuais, mas acredito que hoje os filmes podem ser entendidos em quaisquer partes do mundo.

Quer um exemplo? Um dos meus preferidos é “Tropa de Elite 1 e 2”. Violência nas favelas, práticas de tortura pra explanar a realidade dos nossos policiais. Confesso que gosto muito mesmo. O primeiro filme transformou o Capitão Nascimento num herói nacional. Muitas charges foram criadas a partir desta personagem e por algum tempo foi uma febre. A qualidade foi tanta que o diretor, José Padilha, também dirigiu o filme Robocop deste ano.
Tô de olho hein! Se não gosta do Cinema Nacional....."pede pra sair"

Pode até não parecer, mas vi propagandas de outros países que mostram suas realidades bem parecidas, o xis da questão é justamente a forma de fazer. Eis alguns exemplos de realidade estrangeira:

1.    Este vídeo discute a questão entre homens e mulheres na França. As minhas aulas de lógica me ensinaram que quando nos deparamos com uma lei que proíbe matar, é porque lá se mata muito. E quando se tem discussão sobre gênero, é porque ainda há algo de errado sobre gênero. https://www.youtube.com/watch?v=kpfaza-Mw4I
 
2.    Este mostra singelos tratamentos da polícia de Nova York a sua população: http://info.abril.com.br/noticias/internet/2014/04/campanha-da-policia-de-nova-york-no-twitter-sai-pela-culatra-1.shtml  E dá pra ter bem mais imagens se procurar mais.

São propagandas e notícias que mostram que a realidade local deles não é diferente da nossa. E os filmes são uma forma de retratar essas realidades também.

Querem um exemplo de filme que nos faz torcer pelo bandido? “Assalto ao Banco Central”, 2011. Torcer pelo bandido ou pelo mocinho depende de quem está contando a história, mas assim como torcemos pelo Toretto nos filmes Velozes e Furiosos, assaltante que ganha a vida competindo em rachas, nos deparamos com a perspicácia e a engenhosidade da personagem Barão no longa brasileiro. Só para constar, a turma de Toretto é formada por marginais da society! Quantos filmes brasileiros você lembra que mostram marginais bem hard? Vários, né! Para ficar claro, estou comparando em termos de considera-las histórias boas para se assistir.

Vou dar outro exemplo de filme nacional que achei bem bacana: O Homem do Futuro, 2011. Um roteiro bem amarradinho, entra na questão física do tempo, toca na questão de investimento em ciência no Brasil e se passa numa universidade! Olha que legal!


Mudando de gênero, vamos para a comédia. Adooooro!

A primeira vez que vi um filme brasileiro que achei engraçado de verdade, não apelativo e que até meu pai veria sem dizer que os filmes de hoje não são como antigamente, foi no Cine&Vídeo Tarumã, da UFAM. O filme é “Trair e Coçar é só Começar”. Francamente, foi uma grata surpresa pra mim. Claro que nosso professor Antônio José Vale da Costa, o Tom Zé, não exibiria qualquer película aos seus queridos aluninhos! Desde então passei a dar créditos aos filmes brasileiros, ainda como muita cautela, claro, com medo de perder meu preciosíssimo tempo. Mas pensando bem, quanto tempo não perdi assistindo a comédias românticas hollywoodianas até perceber que não curto comédias românticas hollywoodianas!

Querem uma comédia brasileira fofa? “E se eu fosse você... 1 e 2” Claro que usaram o Tony Ramos para interpretar uma essência mulheril interior para dar mais graça, mas até que é uma história interessante. Interpretei como se o casal precisasse trocar de lugar para enxergar sob a ótica do outro e terem mais compreensão na relação.

“De Pernas pro Ar 1 e 2” ? Mostra o lado humano e engraçado de uma mulher de sucesso!

O que dizer de O Auto da Compadecida, Lisbela e o Prisioneiro, Central do Brasil, O Palhaço, Deus é Brasileiro, Garrincha, para citar os mais famosos. Você sabia que o cinema nacional brasileiro fechou 2013 com 115 filmes? Sabia que teve tudo isso de filme? Não tenho a informação se foi exibido tudo isso em salas de cinema, mas com certeza dá para acompanhar!
Há quem diga que filme bom é aquele que tem data marcada para estrear. Para 2014, já existem 35 filmes com data para estreia, o que significa que há interesse dos distribuidores e exibidores.
 

Identificou-se com algum? Assistiu a algum?
Obviamente, ao evoluir dos tempos, as coisas tendem a melhorar. A formação dos roteiristas e diretores melhora a qualidade dos filmes, a economia melhora e o público aumenta. É um conjunto de várias coisas.

Portanto,

É uma questão de abrir a mente a novas ideias de fato; não de permitir que nos desçam goela abaixo que agora tudo vai mudar e vamos ganhar o Oscar, mas que passemos analisar melhor e deixemos de lado nossos discursos preparados.
Valorizar nosso cinema é uma das formas de valorizar nossa cultura! J


Depois de tantos argumentos só nos resta aguardar a parte II e dizer Câmbio e desligo!!
 

Um comentário:

  1. Legal Nyvian. Gosto muito de cinema brasileiro. O Auto da Compadecida e Lisbela são sensacionais.
    [ ]s

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