Em 8 de abril de 2009 o
navio americano Maersk Alabama, comandado por Richard Phillips, foi abordado
por um bando piratas magrelos da Somália, liderados por Abduwali Muse. Apesar de
algumas manobras para impedir o saqueamento da carga do navio e a violência contra
a sua tripulação, Phillips mesmo assim foi feito refém durante uns cinco dias,
num pequeno bote salva-vidas junto com os sequestradores somalis que, como não
conseguiram pegar o que queriam, levaram o capitão como uma espécie de moeda de
troca. E claro que essa história não poderia acabar nada bem e foi contada pelo
próprio Phillips em seu livro A
Captain's Duty: Somali Pirates, Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea cujo mesmo foi adaptado para o cinema e agora concorre ao Oscar de
melhor filme.
Para conduzir o longa foi chamado o diretor Paul Greengrass (traduzindo: Paulo Gramaverde)
que foi o responsável pela direção de A Supremacia Bourne (2003), Vôo United 93 (2005) e O
Ultimato Bourne (2007) entre outros. Gramaverde conseguiu trazer ao
espectador um filme que é praticamente tensão do inicio ao fim (tirando os
10minutos iniciais) e, obviamente, contou com belíssimas atuações para
conseguir tal proeza. E aqui chamo atenção para dois atores em especial.
O primeiro dispensa apresentações,
para interpretar o protagonista nada mais nada menos do que Tom Hanks, que
trouxe todo seu talento e experiência no cinema (que até já lhe fizeram ganhador
de dois Oscars) para compor o personagem. Hanks evita construir um capitão
metido a herói e sem medo algum, em muitos momentos o Phillips de Hanks
demonstra ser um cara muito inteligente, porém com medo e inseguranças diante
de uma ameaça de morte real, principalmente no fim quando ele demonstra a
diferença que existe entre um superastro e um ator medíocre. Confesso que fiquei
impressionado com a cena e surpreso por ele não ser cotado ao Oscar de melhor
ator.
Outra atuação que merece
destaque é do ator somálio Barkhad Abdi,
que interpreta o líder dos piratas, o que ele tem de desconhecido ele tem de
bom. O cara deve pesar uns 40kg, mas interpreta como ninguém, sabendo passar do
sarcasmo à violência apenas com um olhar. O próprio Tom Hanks em entrevista
chegou a elogiar a atuação do colega e disse que em alguns momentos chegou a se
assustar de verdade com ele. Na minha humilde opinião, ele deveria levar um
Oscar também.
Ô menino lindo! Vai assustar o tio Hanks vai |
Um fato curioso é que o
verdadeiro Capitão Richard Phillips chegou a acompanhar de perto as gravações
do longa, mas como bom observador, limitou-se apenas a olhar e deixar que os
profissionais dessem corpo à sua história. “Um filme precisa ser dramatizado, e
foi o que eles fizeram à perfeição, mas o que é mostrado em cena é uma
encenação muito próxima do que aconteceu naqueles dias em 2009” disse Phillips
em uma entrevista. Sem dúvida é um ótimo filme para quem gosta de um bom
thriller.
Além de melhor filme,
Capitão Phillips também concorre ao Oscar em outras cinco categorias: melhor
ator coadjuvante (Barkhad Abdi, merecida indicação), melhor
roteiro adaptado, melhor edição de som, melhor mixagem de som e melhor montagem.
Apesar de o páreo ser duro em todas as categorias, os críticos e especialistas
em cinema são categóricos em afirmar que Capitão Phillips deve abocanhar pelo
menos duas estatuetas. Pena que Tom Hanks não está concorrendo a melhor ator,
pois poderia muito bem levar mais uma “lembrancinha” para sua estante. Grande
abraço e até a próxima cinemeiros.
Câmbio e desligo!
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