quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Isolados



Caros Cinemeiros, nosso blog tem a feliz tendência de valorizar o cinema nacional e afirmo, sem medo de ser criticado, que nos últimos anos  nosso cinema tem produzido um material excelente, principalmente no que se refere a comédia e filmes de ação, mas confesso que eu estava sentindo falta de um bom suspense, um filme de terror fora da linha do cultuado Zé do Caixão, aquele filme que te faz arrepiar os pêlos da nuca e que você recomenda aos amigos alertando da qualidade dos sustos e da tenção imposta. Bom, ainda não é desta vez que vou laurear um nacional neste gênero, mas acredito que estamos no caminho e só pela iniciativa de explorar o gênero o filme estrelado por Bruno Gagliasso e Regiane Alves, merece ser visto e comentado.

A história, dirigida por Thomas Portela, passa-se na região serrana do Rio de Janeiro, onde Lauro, um psiquiatra, leva sua namorada e paciente Renata, portadora da síndrome de Cotard, que a faz pensar que está morta, para um isolamento em uma casa rústica onde ele espera tratar do mal de sua companheira. Tudo ia bem até o casal ser atacado na floresta por maníacos que tem como objetivo eliminar o casal. Durante o ataque Renata fere a perna e o casal é obrigado a voltar para a isolada casa, onde se trancam e passam a maior parte da história na penumbra, cochichando e temendo uma provável invasão pelos seus perseguidores, participando de uma verdadeira jornada psicodélica, angustiante e, de certa forma, introspectiva.

O filme é baseado em uma boa ideia, que não foi tão bem desenvolvida durante sua narração, em alguns momentos chega a ser cansativo acompanhar a estória, falta ritmo à película que as vezes se perde tentando criar emparia entre os personagens e o espectador, é como se o diretor testasse várias formulas consagradas de fazer suspense no cinema, sem se decidir em qual imergir. Por esse motivo continuo minha espera por um bom filme nacional do gênero, não foi desta vez.


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