segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Anabelle



Spin-off originado do ótimo “Invocação do Mal” de 2013, Anabelle conta a origem da boneca que contem um segredo demoníaco que acaba obsediando todos a sua volta com o principal intuído de sorver suas almas imortais.

O que mais me chamou atenção foi a ambientação da história nos final dos anos 60 para início dos 70, a maior referência disso é a cena em que um casal está vendo na TV a notícia do assassinado da atriz Sharon Tate, que estava grávida e era esposa do diretor Roman Polanski, por Charles Mason e um pequeno grupo de seguidores. Pode ser coincidência ou uma referência para o deleite de nós cinemeiros, pois os cenários e a época me recordaram na hora um dos grandes clássicos do gênero, “O Bebê de Rosemary” dirigido em 68 por Polanski.

O filme se concentra no jovem casa Mia e John, que estão esperando seu primeiro filho. Eles levam uma vida típica americana do final dos anos 60, ela, dona de casa e ele estudante de medicina, vão a igreja todo domingo e conservam amizades em sua pacata e segura vizinhança, vizinhança tão segura que o casal se sente a vontade para deixar a porta destrancada. Mia coleciona bonecas e Jhon lhe presenteia com uma rara boneca de pano com rosto de porcelana, a qual ela desejava já há algum tempo. A história realmente esquenta quando Mia observa pela janela que algo estranho está acontecendo na casa dos vizinhos e John sai para verificar, constatando que os vizinhos foram assassinados John pede para Mia chamar uma ambulância. Ao entrar na casa Mia se depara com um casal, o mesmo que atacou seus visinhos e o homem golpeia sua barriga com uma faca enquanto a mulher segura certa boneca no colo. O casal é socorrido a tempo pela polícia, o homem é morto e a mulher se tranca em um dos quartos da casa e suicida-se com a boneca no colo, o nome da mulher é Anabelle, e participava de uma seita intitulada Adoradores do Carneiro. Estes são os primeiros dos 98 minutos deste filme de terror que tem bons momentos de tensão e rende ótimos sustos para quem gosta do gênero.

O diretor John Leonetti escolheu bem o casal de protagonistas Anabelle Walls, isso mesmo o nome da interprete de Mia é Anabelle mesmo, e Ward Horton como John, eles realmente conseguem passar por um casal recém casado do início dos anos 70, as seqüencias de suspense e os efeitos sonoros garantem bons sustos e algumas cenas chegam a imergir o expectador para dentro estória. Os efeitos visuais são competentes e conseguem dar a acurácea visual necessária para a película. Anabelle é um filme que merece se assistido por quem gosta do gênero, com um ritmo inferior a “Invocação do Mal”, mas que garante belos sustos e com uma boa estória como pano de fundo.


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