quinta-feira, 3 de maio de 2012

James Bond 50 anos: Thunderball (1965).


Um dos melhores filmes da série, assim posso classificar, sem errar, este filme que tem como nome original Thunderball, mas que no Brasil foi lançado como “007 contra a chantagem atômica”. Talvez um dos mais audaciosos projetos da EON que teve de disputá-lo desde o primeiro momento.
Inicialmente esse seria a estréia de James Bond no cinema, mas um dos antigos parceiros de Ian Fleming não gostou de o seu nome ter sido omitido. Numa briga judicial, McClory  ganhou o direito de produzir o filme a partir de 1976, e este filme foi produzido com o título de “Never Say, Never Again” com o próprio Sean Connery no papel de 007, mas que não poderia ser chamado assim, enfim iremos tratar desse assunto em breve.
Após a batalha judicial (que durou anos), Thunderball pode ser adaptado para o cinema apenas em 1965, sendo que suas filmagens iniciaram na mesma época do lançamento do Goldfinger em 1963, passando por diversos países como: França, Bahamas, Estados Unidos e Reino Unido.
A escolha dos atores foi algo difícil para a produção, pois nessa altura James Bond já era sinônimo de sucesso e várias atrizes como Julie Christie, Raquel Welch e Feye Dunaway queriam um papel de Bondgirl, e nesse filme seriam duas.

Outro personagem bastante disputado foi o de Emílio Largo que ficou com o ator Europeu Adolfo Celi. Celi tem uma grande ligação com o Brasil, principalmente ao cinema e teatro, sendo o primeiro diretor artístico do Teatro Brasileiro de Comédia em 1949, e também um dos criadores da Companhia Cinematográfica Vera Cruz onde filmou entre outros “Caiçara” e “Tico-tico no fubá” sucessos de bilheteria e crítica. Celi também foi casado com duas atrizes brasileiras: Cacilda Becker e Tônia Carreiro.
Destaco outro personagem, a vilã Fiona Volpe, personagem não original do livro como os outros, mas foi criado para o cinema, que a princípio não teria qualquer importância se não fosse pela beleza da atriz Luciana Paluzzi, atriz Européia que desempenhou com muita competência, agregando sensualidade e senso de perigo à personagem que é lembrada até hoje como a mais sexy das vilãs de Bond, para mim, uma das mais bonitas Bondgirl da história, sem dúvida.
Não posso deixar de mencionar a Bondgirl principal do filme, Domino Derval, a irmã de François Derval, que, sem dúvida alguma, roubou a cena, interpretada pela atriz francesa Claudine Auger que dois anos antes havia sido eleita a Miss França. Dona de uma beleza sem igual, Auger praticamente obrigou com seu talento que os roteiristas reescrevessem o papel de Domino para uma francesa visto que a nacionalidade de Domino era outra, e para mim essa foi a bondgirl mais bonita dentre todas, a número 1.
O filme é excelente e fechou a trilogia que apresenta James Bond ao mundo, e digo mais, para um fã verdadeiro do estilo “filmes de espionagem” que não tenha assistido esses três filmes (From Russia With Love, Goldfinger e Thunderball) ficará difícil dar crédito a qualquer opinião que este venha a emitir sobre o assunto.
O problema da trilogia é que ela foi tão boa, tão boa que a partir daí os filmes de James Bond passaram a alternar entre bons, ruins e ruins demais. Neste filme, o mundo se vê numa situação desesperadora, pois os líderes mundiais  terão de escolher entre duas importantes cidades (uma nos Estados Unidos ou uma no Reino Unido) ou pagar uma alta quantia para a organização criminosa S.P.E.C.T.R.E. que roubou dois mísseis nucleares que estão apontados para as cidades dos países citados. James Bond foi enviado para identificar o paradeiro dessas bombas, identificar as cidades ameaçadas e se possível evitar o ataque.
Bond sabe que será muito difícil fazer os três, por isso decide tomar uma Martine batido e não mexido  antes de iniciar qualquer investigação.  Isso foi decidido, devido, à missão anterior, à pratica de esportes aquáticos e ao clima de Nassau.
James Bond inicia o filme num velório de Jaques Bouvard, com iniciais JB o cinemeiro pensará que o velório é de James Bond, mas logo percebemos que não, e percebemos também a astúcia do Bond para identificar um ser que não é mulher, talvez com a experiência e o pleno conhecimento sobre mulheres, não foi difícil para Bond perceber o disfarce de Bouvard como a viúva, após uma sequenciada luta, Bond mata Bouvard e é enviado a uma clínica para recuperação, onde encontra o corpo de François Derval, piloto francês da OTAN.
Com várias pistas, o MI6 reúne todos os agentes “00” para distribuir as tarefas, Bond seria enviado ao Canadá, mas consegue convencer, com provas, que o melhor é ser enviado para Nassau e assim foi feito.
Após o NI6 mostrar toda a sua estrutura no filme, foi a vez da S.P.E.C.T.R.E. revelar aos cinemeiros sua organização, onde os líderes são chamados por números, como: o número 11, o número 6, sendo Largo o Número 2 e o Número 1 ainda sendo uma incógnita, aparecendo apenas a voz.
Em Nassau, Bond mostra que está no auge da forma física, do charme e do instinto crucial para o verdadeiro agente secreto, mas ainda sim, vulnerável  a uma bela mulher, se fosse diferente, não seria James Bond, como o que o fez cair em “doces” armadilhas, principalmente as armadas pela linda (na época) vilã Fiona Volpe.
Novamente em Nassau aconteceu a maior parte do filme, principalmente as batalhas aquáticas, onde foram criados cenários em aquários para se aproximar ao máximo ao “fundo” do mar, foram usados também, tubarões de verdade e em algumas vezes, Sean Connery  foi posto frente a frente com um ou dois deles. Também é em Nassau que Bond conhece Domino e atrapalha o plano aniquilador de Largo, fazendo com que a S.P.E.C.T.R.E aumente ainda mais o ódio que já sentia pelo agente inglês.

Veja o Trailer oficial de Thunderball.


Com a volta de Terence Young, que havia dirigido Dr. No e From Russia With Love, Thunderball não poderia ter outro destaque, foi a maior bilheteria da época e a maior de James bond nos anos 60, colocando de vez no posto de maior franquia cinematográfica de todos os tempos, até os dias de hoje.

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