Aston Martin DB-5.
-Onde está o meu Bentley? – Diz Bond.
-Infelizmente, está ultrapassado- responde Q.
-Nunca me deixou na mão – Retruca 007.
-Ordens de M- Diz Q.
-Vai usar este Aston Martin DB-5, adaptado- Q apresenta o
carro a Bond.
Mike Asley- ex gerente de vendas da Aston Martin Lagonda na
Europa Diz:
-“Em 1964, este
carro, o Aston Martin DR-5 de 007, feito à mão, tornou-se simplesmente, o carro
mais famoso do mundo.
Na verdade, assim como as estrelas de hoje viajam para
promover seus filmes, os produtores de James Bond mandaram o Aston Martin para
promover Goldfinger.
Eu fui o sortudo que levou o carro para ser mostrado ao
mundo.
Tentamos tornar públicas algumas sequências do DB-5.
O mundo conheceu o carro cheio de dispositivos do 007
durante a semana da estréia de Goldfinger em Londres.
Uma sequência foi filmada no dia em que convidamos a
imprensa para se familiarizar com o carro.
Estes espectadores de visão aguçada perceberiam logo pelas
diferenças no interior que os dispositivos no veículo foram reprojetados pelos
nossos mecânicos para transformá-lo em um carro promocional equipado
especialmente para eventos públicos.
A imprensa também viu apetrechos que não estão no filme.
Como o restreador de radar, escondido no retrovisor.
O telefone ao lado da porta do motorista e a bandeja embaixo
do assento do motorista, para esconder uma arma.
No dia da estréia do filme, no Odeon Leicester Square, em 17
de setembro de 1964, a BBC fez uma reportagem com Keneth Alsa falando sobre as
características do DB-5.
-‘Wimbledon Common não é o lugar mais comum para se negociar
carros.
Mas ele estava onde disse que estaria, e com aquele lindo
foguete cinza (o Aston Martin DB-5 de 007). Parecia um ótimo negócio.
Sem perguntas, claro.
O que disse ao telefone é que me faria uma excelente e única
oferta, trocar o meu Jaguar por um Aston Martin DB-5.
Ele disse também que o DB-5 tinha acessórios e um motor
especial que meagradaria.
Ele me deu uma demonstração destes adornos extras que
mostravam que o dono gostava e entendia de carros e que tinha um gosto por
luxo.
Por exemplo, tinha um botão que girava o número da placa. Para
o motorista se sentir em casa na Grã-Bretânia, Suíça ou França, e haviam
sensores no parachoque que se projetavam para frente e para trás. Não
exatamente para bater em outros carros, mas para empurrá-los um pouco quando o
espaço para estacionar fosse pequeno.
Por um momento eu achei estranho aquelas armas que
deslizavam para fora das aberturas das setas; Não via um uso diário e imediato
para elas exceto para, talvez, mandar uma rajada no guarda de trânsito.
Devo admitir que estava gostando destes dois dispositivos
úteis escondidos nos motores.
O funil para jogar óleo sob as rodas dos motoristas
detestáveis que ficam na sua cola. Um banho nos porcos intratáveis da estrada.
Eu tinha outra noção do cortador de pneu do cubo da roda
para disciplinar motoristas que entram na vaga à sua frente.
Havia uma tela de aço que saía do porta-malas, para proteger
a janela de trás. À prova de bala, disse o vendedor.
Achei que a tela do radar, disfarçada de rádio, era
elegante.
O rastreador escondido no retrovisor.
De fato, no conjunto, eu estava tomado pelo carro.
Conversinha não era necessária então fechamos o negócio.
E ele saiu com o meu Jaguar, que agora, francamente, parecia
vazio, sem graça e sem imaginação diante daquele foguete cinza.
No entando, esqueceu de me falar sobre o telefone.
Quase me fez pular quando o ouvi tocar.
Não imaginei que poderia ser para mim, mas quem estava na
linha parecia que tinha uma mensagem para mim.
A mensagem era sobre um equipamento que eu nunca tinha
visto.
A gaveta embaixo do assento do motorista, e o seu conteúdo.
Algo que quem ligou disse que ‘eu deveria tomar conta’ ou
eles tomariam conta de mim.
Eu me pergunto sobre o que falavam.
E eu me pergunto se posso ter meu Jaguar de volta.’
O Sr. Alsa segurou um dedo de ouro feito por encomenda. Isso
também recebeu atenção especial durante o lançamento do filme.
O Aston Martin viajou o mundo todo comigo. Apareceu no Motor
Show de Paris em outubro de 1964.
Voltou a Londres em novembro para o show do Lord Mayor.
Em dezembro, o Aston Martin e eu chegamos aos Estados Unidos
à bordo do SS France, fazendo uma tremenda entrada.
Eu me diverti em Nova Iorque curtindo a estréia norte-americana
de Goldfinger, mesmo o carro tendo sido multado na véspera do Natal.
Em janeiro, o carro estava de volta à França, em turnê pela
Europa.
Trouxe o DB-5 ao Chateou D´Anet, onde filmavam Thunderball.
Ele (o DB-5) apareceu na estréia de Goldfinger em Paris, e
viajou por toda a Europa, incluindo viagens pela Alemanha e Suíça com o Sr.
Goldfinger, Gert Frobe.
Mostrar o carro foi uma das maiores experiências da minha
vida.
Fui para Hollywood mostrando o veículo no Grauman’s Chinese
Theater.
Voei pelo país até o Auto Show de Nova Iorque.
‘O Aston Martin de James Bond foi a maior atração.
Todos queriam ver como o passageiro podia ser mandado ao
espaço. E, também, os outros apetrechos que trazem maus momentos àqueles que
querem o sangue de 007’- Disse o repórter do Show.
O carro não estrelou apenas em dois filmes de 007, mas em
vários comerciais.
O das calças Burton, mostra o carro de relance.
O da cera de carro Simoniz estava ansiosa para tirar
vantagem do status do DB-5.
Fui com o DB-5 a São Francisco, Portland, Seatle, levei o
Aston Martin de 007 para a famosa Corrida Grand Prix de Laguna Seca, onde ele
foi o Pace car dirigido por Jackie Stewart, com a minha namorada como
passageira.
A polícia fez um concurso James Bond na Filadélfia, e depois
fui para Miami causando problemas com o lançador de fumaça de novo.
Em todos os lugares fui paparicado e tive tratamento de rei,
tudo por causa de Bond.
Mesmo depois de um ano e meio de sua estréia o carro ainda
atraía multidões.
Em 4 de abril de 1966 a Rainha Elizabeth e o Duque de
Edimburgo visitaram o Aston Martin Lagona Motor Works.
‘O prefeito de Buckinghan recepcionou a Rainha e o Duque
durante a visita ao condado.
O Aston Martin Works foi incluído na rápida visita.
Aqui são produzidos os carros mais queridos aos motoristas
do mundo ocidental.
A única objeção a estes carros é que poucos podem comprar um
deles.
Exibido aqui está o carro de James Bond.
Frente, traseiro e interior letais.
Ian Heggy, filho do gerente da Works demonstrou um modelo
(mini-Aston).
Foi presenteado à Rainha, para o príncipe Andrew.
Várias placas para enganar espiões.
SMERSH vai dar ao Windsor Castle uma cabine larga e vai
pagar a todos lá para que se comportem bem.
Esta é uma ideia brilhante se você passar dos 120 sendo
perseguido (soltar fumaça)’- Disse o jornalista que fazia a cobertura do
evento.
O Mini-Aston se tornou uma lenda em si mesmo. Apareceu em
vários programas de televisão ingleses, por anos.
Claro, milhões de crianças por anos tiveram Aston Martin de
brinquedo. Como os mostrados na Feira de Brinquedos de Nuremberg, em 1967.
Basicamente, quatro Aston Martin com dispositivos especiais
viajaram pelo mundo para promover 007 e a empresa de carro. Todos acabaram em
mãos de particulares.
O Aston Martin original, usado em Goldfinger foi vendido e
revendido em dois leilões famosos nos Estados Unido, nos anos 80’s.
‘Lote 465, o Aston Martin de James Bond de Goldfinger a 250
mil dólares em oferta agora. Lance à direita... fechado’- Disse o leiloeiro.
Em 1997, o carro original foi roubado do seu dono em Boca
Raton, Flórida, e, até agora, nunca foi recuperado”.
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