sábado, 28 de janeiro de 2012

James Bond 50 anos: Dr. No (1962).



Olá, gente fina, cinemeiros de todos os lugares, fiquei muito contente com os comentários sobre o primeiro post do "Especial James Bond, 50 anos de Cinema", tanto por aqui quanto pessoalmente, e ao que tudo indica as postagens seguintes serão mais, muito mais emocionantes...pois o material só tem aumentado, e o cinemeiro aqui, já precisou de ajuda, como na postagem de hoje, vocês verão nas próximas linhas.
O filme Dr. No foi aceito pelo público da época, tanto pelo seu personagem principal como pelo seu enredo. Isso se tornou possível, também, devido ao momento conturbado daquele momento, ao enredo apolítico da trama e ao comportamento peculiar de James Bond.

O ano de 1962 foi repleto de acontecimentos que marcaram a vida de muita gente, como: a conquista do bicampeonato mundial de futebol pela Seleção brasileira; a fundação da Anistia Internacional; Brian Epstein assinou contrato com os Beatles; a apresentação da Bossa Nova aos norte-americanos; o nascimento de Jim Carrey, Tom Cruise e Bussunda; a morte de Marilyn Monroe; a Abertura do XXI Concílio Vaticano Segundo, sob o papado de João XXIII; o ato que tornou o Acre, oficialmente, um Estado Federativo brasileiro e o impacto da crise dos mísseis entre E.U.A. e U.R.S.S. que espalhou o temor mundial de um conflito nuclear.


A história (do filme) se passa na Jamaica, onde o MI6 (Military Inteligence, Section 6; Serviço Britânico de Informações ou Inteligência Britânica, responsável pelas atividades de espionagem conduzidas no exterior, já o MI5 atua internamente) manteve uma base que investigava possíveis interferências ocorridas nos lançamentos de mísseis americanos do Cabo Canaveral.
Todos os membros do MI6, na Jamaica, foram mortos, o que levou Londres a enviar o seu melhor agente, 007.
Bond foi apresentado ao público no seu melhor estilo; num cassino, distribuindo charme e claro, conquistando a mulher mais cobiçada e inteligente do lugar ao mesmo tempo em que se manteve disponível (literalmente) para o trabalho.


Para os agentes secretos com licença “00”, não existe dia, noite, manhã, descanso, enfim, toda hora é hora, por isso, Bond é chamado às pressas  à sede do MI6 para receber sua missão.
Neste momento, dois personagens importantes e eternos nas histórias do Bond são apresentados; o chefe rigoroso, porém, mais esperto que todos os agentes secretos de Sua Majestade juntos, conhecido apenas como “M” e a secretária fiel e apaixonada pelo seu trabalho e por Bond, Senhorita Moneypenny. Nesta cena, acontecem alguns fatos que passarão a ser rotina nos próximos filmes de Bond, como: a irritação de “M”; o flerte do casal Bond e Moneypenny; e a apresentação das armas feitas exclusivamente para a missão, nesta cena foi apresentada apenas uma (a arma Walther PPK).


Após as apresentações da missão e do local para onde Bond viajaria (Bond, nessa fase, não fará missões na Inglaterra), neste filme irá à Jamaica, mas antes,  terá 60 minutos para gastar energias com uma conquista, outra cena comum nos filmes de Bond na Era Sean Connery, acontece a cena do avião aterrizando no local designado o que significa que Bond já está no seu destino.
Em Dr. No, Bond já é um agente experiente que sempre é escalado para resolver os problemas que ninguém mais consegue, sabendo que não poderá confiar em ninguém, por isso em Kingston (capital da Jamaica), várias armadilhas foram preparadas para ele: desde o falso motorista que o espera no aeroporto, passando pela falsa fotógrafa que o registra num bar com pescadores, também por uma conquista que se mostra perigosa até uma tarântula posta em sua cama propositalmente por seus inimigos.


Abrindo um intervalo agora para falar da música tema, com Leco Lopes.

Olá queridos amigos! Quando recebi a difícil missão de comentar sobre os temas principais da série 007, pensei que não seria uma simples tarefa, mas sobre o que escrever, o que escrever?
De início comentaremos sobre oprimeiro longa seguindo a ordem: ”007 contra o satânico Dr. No”. Antes  de começar devo explicar que essa primeira missão foi meio complicada, sendo que pesquisei horas e horas pra encontrar aquilo que seria o tema principal do filme.
A trilha do filme foi compostapor Monty Norman, um músico que não tinha experiência em  compor trilhas de filmes, sendo um apenas um músico da época, no entanto aceitou o trabalho.
Ao que parece, ele recebeu os créditos pela trilha original da película, juntamente com  John Barry, a princípio Noman compôs a trilha e Barry orquestrou dando vida às composições. Houve no entanto uma pequena discordância sobre quem  seria o autor da famosa “James Bond theme”, por algum tempo Barry reclamou o credito pela música por ter ele feito alguns arranjos que modificaram o original, no entanto, o tema principal da canção e ela propriamente, foi composta por Norman que até hoje é reconhecido como o autor.
A abertura do filme começa com a "James Bond theme", em sequência com outra chamada “Kingston Calypso”, A letra da musica refere-se a três ratos cegos, que seria um tema de  canção para crianças de nome “Three Blind Mice”, o autor usa a referência de ratos aparentemente sem nenhuma capacidade de visão, mas que apesar de cegos, não seriam tão inofensivos. Podemos notar que a canção apresenta o inicio do filme em que três homens cegos caminham pela cidade, a musica dar uma pista do que seria esse inicio,”cegos que procuram gatos que gostam de caçar ratos”. Quem teve a oportunidade de ver o filme, sabe o que acontece em seguida.
A trilha teve ainda a participação de um grupo jamaicano chamado “Byron Lee and The Dragonaires que executaram algumas das canções que se apresentam no filme. Por ter parte do filme feito na Jamaica, nada melhor do que ter um grupo local tocando, sendo parte delas  (as músicas) de autoria do grupo.
Pois bem meus amigos, aqui termino essa humilde postagem, espero  que  tenha correspondido ao nível dos demais blogueiros, até a próxima...

Valeu Leco Lopes esperamos você na próxima postagem, mas voltando ao assunto...

Uma das cenas antológicas do filme, com Ursula Andrews.

Bond sabia que não era bem vindo à Ilha, entretanto, recebe uma importante ajuda da Cia (se você acompanhou o primeiro post, lembrará que na série de TV “Climax!”, Bond era um agente da Cia e seu amigo Felix Leiter foi o agente do MI6) através do agente secreto americano Felix Leiter (outro personagem que acompanhará Bond por muitos filmes) e de pescadores locais. Assim, James Bond passa a investigar o mistério, mais concentrado; primeiro se expondo às tentativas de assassinato, depois interrogando suspeitos e até os matando se necessário.
Até que Bond conseguiu provas contra o brilhante e frustrado cientista chinês Dr. No que, quando jovem, teve suas mãos substituídas por próteses biônicas de metal, devido a um acidente durante os estudos sobre radiação. Suas “mãos” conseguem esmagar tudo, no entanto o privam de habilidade.
“No” mora numa ilha particular com radiação espalhada  por todos os pontos, criando também a lenda do dragão que cospe fogo, com isso, os nativos com medo, não se aproximavam e não atrapalharam seus planos.


Com certeza a grande sacada dos produtores aconteceu quando Dr. No revelou para Bond, num jantar, onde tentou corromper o nosso herói, para quem ele trabalhava, até então todo mundo jurava que o Dr. No era Comunista, afinal era 1962, crises dos mísseis, Guerra Fria...lembra?
Nisso, Dr. No revela que trabalha para a S.P.E.C.T.R.E. (SPecial Executive for Counter-Inteligence, Terrorism, Revange and Extortion) que em português significa Agência Especial de Contra-Informação, Terrorismo, Vingança e Extorsão. O engraçado foi que nos primeiros livros de Fleming sobre o espião de Sua Majestade, a agência inimiga era a S.ME.R.S.H. (Agência de Contra Inteligência Soviética), então Dr. No, supostamente, estava a serviço dos soviéticos, não para os roteiristas do filme; Richard Maibaum, Johanna Harwood e Berkely Mather.


O orçamento limitado só proporcionou viagem à Jamaica, poucos atores e praticamente nenhum efeito especial (também era 1962 né, parceiro!), mas a criatividade proporcionou uma abertura diferente, convidativa e que virou febre na época; os pontos brancos, onde o oponente mira em Bond, mas é surpreendido pelo nosso herói e a apresentação (novamente) com muita luz e colorido para anunciar o elenco.


Uma curiosidade na cena do “cano da pistola” exibido na abertura de praticamente todos os filmes do 007, quem aparece é o dublê Bob Simmons e não Sean Connery.
Ah, quase me esqueço, neste filme a tradicional apresentação é feita, assim: Bond...James Bond.
Dr. No é um filme chave para desvendar os outros, pois foi feito exatamente para ser a introdução e, com certeza, consegue cumprir sua “missão”, um sucesso que fez com que os produtores se animassem em fazer logo, a continuação.
Falando em continuação, o próximo filme fez do James Bond o personagem mais seguido no mundo do cinema....quer saber mais??? aguarde as próximas postagens...

Trailler de Dr. No exibido na época.




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3 comentários:

  1. Mesmo não tendo assistido a todos os filmes da série, sempre achei fantástico o estilo de James Bond. Sem dúvida esse filme foi o abre-alas para os filmes de espionagem fazerem sucesso.
    Algumas das informações que vocês deram eu ainda não conhecia, como os autores da trilha sonora.

    Aproveito para agradecer sua visita ao meu blog e o comentário atencioso.
    Abraço e tenha um ótimo domingo!

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  2. Eu também sou um dos que não assisti a todos os filmes da série,mas gostava muito das versoes do Pierce Brosnan. Sinceramente não gosto mais dessa visão de espioes com aparelhos mirabolosos,como o Bond é, e to curtindo muito a série Burne,(da trilogia burne)por parecer algo mais real e tenso. queria agradecer a sua visita lá na minha pagina, volta sempre e continua ativo na blogosfera !


    Abraço

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  3. CARA, ESTA POSTAGEM É REAL? Rs
    Eu sou completamente apaixonada por James Bond, você não faz ideia! Adorei a postagem, li duas vezes, só hoje haha
    Estou seguindo o blog, Parabéns ♥
    Beijos
    saahandradee.blogspot.com

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