Cinemeirosnews: Amazonas Film Festival

Eis que se deu o término do AFF, em 09/11/2011 às 19h numa quarta-feira nublada, na Praça do Largo São Sebastião. Tudo muito lindo e caprichado, isso não podemos negar: o telão ao fundo do palco montado ao lado do Teatro Amazonas, o próprio teatro iluminado especialmente para a festa, a Igreja de São Sebastião iluminada parecendo um castelo; tudo estilizado e elitizado. Mas vá bem, é um evento com extensões internacionais, então a idéia é que seja caprichado mesmo para garantir o sucesso.
Que bom que foi ao ar livre, assim todos que quiseram puderam assistir sem precisar de convites, nem de senhas, nem de ter alguém conhecido da organização que liberasse a entrada no teatro e nem ter que passar por revistas dos seguranças.

Governador do amazonas e a Primeira Dama

Está bem, mas quem disse que o espetáculo foi a entrega dos prêmios? Para mim, o grande espetáculo foi a globalizada Ana Furtado falar em todas as línguas o melhor filme da noite: Em espanhol: A Separación; Não, espera aí, haviam errado no nome; na verdade, é em inglês! Volta e diz pra ela fazer a correção no meio da apresentação. Então, lá vai a Aninha parar o que estava fazendo para dizer, “Gente, vamos fazer a correção aqui. O nome não é A Separación. É A Separation”. E o público: “aaaaahh, tá!”.

Luciana, Érico, Nyvian e Karine

Prêmios vão e vêm. Penso que alguém deve ter raciocinado em algum lugar e dito “oops, agora tem que falar o nome em Português, sabe, para caso o povo não ter entendido o nome do Filme”. Daí volta tudo, e lá vai Aninha novamente parar o que estava fazendo para dizer: “Bem, mais uma correção, o nome do filme é A Separação. E esperamos que não haja mais nenhuma correção”. E o público delira: “aaaaahh, tá!”.
A maioria do público, reles mortais como nós, fomos para quem sabe conhecer os cineastas, tirar alguma foto bacana, saber quem são as pessoas pensantes das boas histórias deste Brasil, infelizmente não o fizemos. Por quê? Porque eles não foram. A maioria dos premiados não apareceu. Nem se deram o trabalho de enviar mensagem, nem justificar suas ausências. Aí, pensei em duas coisas:

Expectativa do resultado

1. Ou o pessoal achou o Prêmio Vôo na Floresta tão difícil de ganhar de tão rigorosos serem os critérios, de tão alto nível terem sido os concorrentes, que simplesmente acharam que não ganhariam, e por isso pensaram: “aaaah, não vou!”; Ou
2. Eles não estavam nem AÍ e muito menos AQUI para receberem o prêmio.
Bem, ademais, tudo nos conformes. Os que foram estavam lindamente arrumados, jornalistas aqui e ali, câmeras ligadas, muitos flashes. Agora vou ser uma boa menina e falar sobre as coisas boas que teve: Boi Bumbá!!! Claro, uma festa digna em Manaus, no Amazonas, tinha que ter toadas de Boi Bumbá. Depois das premiações, o público já bem reduzido foi premiado com as apresentações dos levantadores oficiais dos bois Garantido e Caprichoso e suas respectivas tribos de dançarinos, pajés, etc. Só sei que dancei muuuuuito e foi a melhor parte da festa.

Expectativa para o boi hehehe...

PREMIADOS!!

Curta-Metragem de Amazonas –
Melhor Filme: ‘Parente’, de Aldemar Matias;
Melhor Direção: Leonardo J. Mancini, por ‘Morto Vivo’;
Melhor Atriz: Mariana Campos, por ‘Morto Vivo’;
Melhor Ator: Leonardo J. Mancini, por ‘Morto Vivo’;
Melhor Roteiro: ‘Alegoria da Preguiça’, de João Aureo.

Curta-Metragem do Brasil
- Melhor Filme: ‘Cachoeira’, de Sergio Andrade;
Melhor Direção: Gilson Vargas, por ‘Casa Afogada’;
Melhor Atriz: Amélia Bittencourt, por ‘Qual Queijo Você Quer’ e
Melhor Ator: Maurício de Barros, por ‘Cine Camelô’.

Longa-Metragem Internacional
- Melhor Filme: ‘A Separation’, de Asghar Farhadi (Irã);
Melhor Direção: Santiago Mitre, por ‘El Estudiante’ (Argentina);
Melhor Atriz: Camila Pitanga, por ‘Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios’ (Brasil);
Melhor Ator: Carlos Machado, por ‘Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios’ (Brasil);
Melhor Roteiro: ‘A Separation’, de Asghar Farhadi (Irã);
Melhor Fotografia: ‘La Source des Femmes’, de Radu Mihaileanu (Bélgica, Marrocos, Itália e França);
Melhor Filme (voto do público): ‘La Source des Femmes’, de Radu Mihaileanu (Bélgica, Marrocos, Itália e França);
Menção Honrosa: ‘Os Últimos Cangaceiros’, de Wolney Oliveira (Brasil).