Em todo filme sobre roubo e assaltos é a mesma coisa. Primeiro nos é mostrado que o lugar a ser roubado é o mais difícil do mundo e que nem os agentes do Missão Impossível são capazes de entrar, depois aparecem as mais complicadas situações que geralmente envolvem os integrantes do grupo que parecem piorar ainda mais as coisas, enquanto isso o público fica naquela curiosidade medonha de tentar adivinhar como será que vai ser ou se questionando se vai dar certo, e no final sempre dá. Em Roubo Nas Alturas também é assim, não foge do clichê, porém faz isso com bom humor e ótimo elenco dirigido por Brett Ratner.A trama é a seguinte, Ben Stilller é Josh Kovacs um gerente de um condomínio de luxo em Nova York, um verdadeiro funcionário exemplar que conhece cada hóspede como a palma da sua mão e que administra seus funcionários com muita disciplina não permitindo nem mesmo que usem o telefone celular para não perder a atenção no trabalho(ainda bem que ele não é o meu chefe). Entre seus inúmeros moradores está o Sr. Shaw (Alan Alda), megainvestidor com quem Josh disputa partidas de xadrez pelo computador. O que ninguém desconfia, nem mesmo Kovacs, é que o Sr. Shaw é um golpitsta que estava tentando fugir da polícia por ter feito desvio de dinheiro.
A situação piora quando Kovacs descobre que quase todos os funcionários, que confiavam no faro do investidor, entregaram-lhe suas economias para serem aplicadas no mercado financeiro. Depois da fraude, todos perderam tudo o que tinham na poupança e o pior, o cara parece nem se importar com a situação e ainda faz o maior desdém da “criadagem”. Quando Kovacs fica sabendo que o Sr. Shaw ficará mantido em prisão domiciliar na cobertura do hotel, (daí o nome “nas alturas”) arquiteta um plano para tentar recuperar o dinheiro assaltando o cofre que fica no apartamento luxuoso do ricaço.
Para conseguir levar seu plano adiante, Kovacs monta uma “equipe” formada por três funcionários do hotel e mais um ex-hóspede (Matthew Broderick) que são totalmente inexperientes, mas que supostamente possuem alguma habilidade pessoal que poderá ser útil na hora H. Porém, a grande ajuda vem de um "especialista em roubos" chamado Slide (Eddie Murphy que como sempre rouba a cena nas poucas vezes que aparece). No meio de tudo isso ainda há a chefe do FBI, vivida pela atriz Téa Leoni que mesmo simpatizando com Kovacs não facilitará nada para ele.
A partir daí só vendo o filme que é cheio de cenas engraçadas por causa das situações inusitadas que eles se metem e mostra que roubar, mesmo não sendo uma atitude correta, os fins justificam os meios. E atenção, mesmo com aquela situação clichê que falei no inicio, Roubo Nas Alturas tem algo que os outros filmes não tem: um um final muito interessante e inteligente pois a sacada toda é descobrir onde está o dinheiro e como fazer para tirar 20 milhões da cobertura de um dos edifícios mais seguros e ainda assim não ser descoberto. Vai pensando aí nessa solução e depois veja o filme, pois eu recomendo. Grande abraço e até a próxima postagem que virá encerrando 2011 com chave de ouro.





















“Os Três Patetas” mostrará Moe, Larry e Curly desde que foram largados em um orfanato até a vida adulta. A ideia do roteiro é preservar o formato de curtas que os três patetas fizeram com a Columbia Pictures por 24 anos. Dessa forma, a trama do filme se dividirá em três períodos, cada um com 27 minutos. Chris Diamantopoulos (da série “24 Horas”) será Moe, Sean Hayes (da série “Will & Grace“) interpretará Larry, e Will Sasso (da série “$#*! My Dad Says”) viverá Curly.
O primeiro filme inicial (notem minha recusa em chamar Happy Feet de animação, mas me perdoem por isso, pois é provavelmente implicância de quem trabalha na área) foi muito bem aceito, aclamado pela crítica e pelo público, trouxe a técnica de captura para um novo nível e apresentou um enredo muito envolvendo, engraçado, rico e com imagens absurdamente lindas. O primeiro Happy Feet foi definitivamente diversão para crianças e adultos. Produto de um projeto que levou mais de uma década para ser iniciado, precisou de quatro anos de produção para ser concluído, metade desse tempo gasto apenas no desenvolvimento das tecnologias necessárias para o filme.Happy Feet 2, no entanto, sofre da síndrome da “continuação na marra”, quando estúdios buscando apenas o lucro, forçam uma continuidade para qual o filme inicial não foi planejado e não deixou tantas brechas.
De cara, percebemos algo como “o que vamos fazer com os personagens?”, pois todos foram muito bem apresentados e desenvolvidos no primeiro filme e não há muito o que adicionar (esse é o problema com roteiros muito bem feitos). A solução encontrada é apresentar novos pequenos personagens, como o filho do pinguim Mano e dois minúsculos camarões que funcionam como “pícaros” na estória. Esses dois últimos personagens trazem para si a responsabilidade da maior parte do humor na estória, mas de forma muito paralela, sem nunca realmente intervir em absolutamente nada, mesmo quando pensam que o fazem.
Ramon, o pinguim galanteador aparece na película com menos brilhantismo que no filme inicial, com um menor número de piadas e nem sempre tão bem colocadas como antes. Ele, que quase roubou a cena no primeiro (de fato, creio que roubou em alguns momentos) torna-se realmente um coadjuvante nessa sequência. Amoroso, o eterno contador exagerado de estórias, torna-se um bajulador de um pinguim com super poderes, que mais tarde descobre ser apenas um papagaio do mar. Por último, temos a relação entre Mano, Glória e seu filho, tentando apresentar um conflito que em nenhum momento se torna conflituoso de verdade.
A partir daí, com tantos outros personagens esquecidos ou desaparecidos da estória, a trama tenta se amarrar em uma situação na qual os pinguins se encontram presos entre blocos de icebergs e precisam encontrar uma forma de sair para se alimentarem. Quase toda a estória se passa nesse pequeno palco, com “tentativas” seguidas de reviravoltas sem que o expectador realmente embarque em nenhuma delas. O longa vai se arrastando e realmente se transformando em “longo”, difícil de acabar, se transformando em um exercício de paciência até para as crianças (muitas na sala se inquietaram, e uma delas atrás de mim passou a brincar de puxar meus cabelos. Não se fazem mais pais atenciosos como antigamente).
A melhor parte do filme fica por conta da trilha sonora, como sempre, especialmente as faixas do Queen. Mesmo assim, na versão dublada essa parte também é sofrível, pois nas músicas dubladas notamos a inaptidão dos nossos dubladores para a arte do canto, e em algumas outras músicas eles simplesmente desistiram da dublagem e deixaram tudo em inglês mesmo. 







Esse foi só um pequeno questionamento levantado para lembrar o quanto o tempo é importante em nossas vidas e às vezes nem nos damos conta disso, mas depois que você assistir ao filme O PREÇO DO AMANHÃ, certamente o seu modo “ver” o tempo nunca mais será o mesmo e, talvez, você comece até valorizá-lo mais. Não entendeu? então imagine que ao chegar aos 25 anos você parasse de envelhecer! Legal né? mas se ao mesmo tempo em seu pulso esquerdo fosse acionado um cronometro em contagem regressiva, que quando chegasse ao zero você morreria! ainda ta achando legal?
Bom, então a única maneira de você não morrer seria impedindo que o cronômetro zerasse concorda? Pois é exatamente essa a trama do filme. Em O Preço do Amanhã, cientistas de um futuro não muito distante, conseguiram descobrir uma forma de destruir o gene do envelhecimento. Ou seja, a pessoa não morre mais de velhice, porém ao chegar aos 25 anos ela sabe que só terá mais um ano de vida, mas é possível trabalhar para conseguir mais tempo como pagamento. Resumindo, o tempo se tornou a maior moeda de todas e a expressão “tempo é dinheiro” nunca esteve tão correta. 


Porém, mesmo com tudo isso, o filme ainda consegue deixar algumas pontas soltas e dúvidas no ar, mas nada que tire o brilho e a originalidade do mundo criado por Andrew Niccol que assina a direção e o roteiro do filme. Então, se você ainda não assistiu, arranje um tempo para ver, pois seu relógio está contando hehehe.... Grande abraço e até a próxima. Câmbio e desligo :)