Código de Sangue.

Calma... não é nada do que parece, pelo nome... o filme parecia ser violento, com cenas cruéis e até de embrulhar o estômago.. mas não é o que se possa imaginar.

Código de Sangue é daqueles filmes que você assiste e no fim se pergunta... “por que eu vi isso?”.... não que o filme seja um desastre total, mas pelo fato do que nós estamos acostumados a ver sempre na telinha ou telona ...

Um senhor de meia idade, aparentemente bem sucedido é surpreendido ao chegar em casa; com flores, bombons e as melhores intenções....pela esposa que lhe faz uma revelação.... “conheci outro homem”.... pronto, o casamento acabou...

Agora... com o orgulho ferido... ele resolve telefonar para os amigos e tentar “lavar a honra”.... consegue descobrir o nome do amante e com os amigos, vai até o endereço, onde o rapaz é sequestrado e aí de fato começa o filme....

Num quarto sombrio.... os amigos tentam intimidar o amante, que agüenta calado o filme inteiro.... porém o marido traído... pede para ficar a sós por algum tempo... e então a “viagem” começa.... vários flash backs acontecem ... e nos remete para o momento do acontecido... por alguns instantes não dava pra saber o que era alucinação ou o que era a realidade.

Essa “viagem” revela o quanto o marido traído

era frágil... nem tanto por sua personalidade, mas pela situação em que se encontrava.... se por um lado a dor da traição junto com a sede de vingança eram fortes, por outro o amor pela mulher ainda falava alto dentro dele... então se criou uma questão.... vingar ou não vingar?

Se vingasse “limparia sua honra”, mas teria o ódio eterno da “amada”.... se não vingasse, teria (pelo menos é o que a cabaça de bagre dele acreditava) o respeito da mulher e uma chance de poder salvar seu casamento....

Para isso... teve o apoio de quatro amigos... com vidas totalmente diferentes, mas amigos de longa data... sendo que um dele era homossexual assumido... nada contra... mas se levarmos em consideração a personalidade dos outros amigos... percebemos que a intenção do roteirista foi apresentar um grande contraste.... mas ficou algo forçoso sem nexo até... até por que o mais equilibrado dos cinco (contando com o Taurus) era o amigo Gay.... enquanto que os outros quatro eram altamente machistas....

O filme (inglês..perceptível pelo sotaque carregado e pronúncias lentas arredondadas) abordou uma situação que é cotidiana... afinal, quantos casamentos não terminam hoje em dia??? E mais, quantos casamentos não acabam por motivo de traição por um dos parceiros.... mas o que não sabemos e nem queremos saber é como as partes ficam após o acontecido.... mas digo após mesmo... de preferência um segundo após a decisão ser tomada por um dos envolvidos no relacionamento....

O Amante como sempre é um ser marginalizado (sem defesa) que não tem vontade, nem motivo para existir... já o traído é o homem responsável.... que não mede conseqüências para agradar e tratar (segundo o próprio) sua esposa como “uma rainha”.... no entanto... ela ainda o trai...

O filme faz altas viagens... tanto no tempo, quanto no psicológico do marido traído... até o momento da revelação da traição pela esposa “perversa”.... aí então é que entenderemos o filme...

A produção não trás ação, nem tiros, nem crimes ou sangue... não sei nem por que o nome é Código de Sangue... mas o que posso adiantar é que talvez a vingança não tenha acontecido.... será? Só assistindo amigo...

Com Ray Winstone, Ian McShane, John Hurt, Tom Wilkinson, Stephen Dillane, Joanne Whalley, Melvil Poupaud…entre outros…

Direção Malcolm Venville

Nota 5,4

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