terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O CANDIDATO HONESTO




O ministério Cinemeiro adverte, nesta resenha há spoiler. 

Cá estamos nós para mais uma temporada de críticas de filmes que mais gostamos! Como sou fã de carteirinha de produtos nacionais e torço para que um dia se tornem referência internacional, vou começar pelo filme O Candidato Honesto (2014). Ok, sei que já faz dois anos, mas tem coisas na obra que continuarão atuais por muito tempo.
Inicio dizendo que O Candidato Honesto é basicamente uma cópia, a là brezilien de, O Mentiroso, em inglês Liar Liar, filme de (pasmem) 1996. Mas só basicamente mesmo, pois são contextos diferente usando a mesma ideia. Você assistiu a Liar Liar? Sim, mas não se lembra? Tudo bem, a gente refresca a memória:

Fletcher Reede (Jim Carrey) é um advogado que, por meio de um pedido de aniversário do filho pequeno, fica sem poder mentir por 24 horas. Por aí você conclui o nível de honestidade do advogado. Já o nosso amantíssimo candidato a presidência da república, João Ernesto Praxedes (Leandro Hassum), fica sem poder mentir por causa da mandiga de sua avozinha índia à beira da morte. E agora: como vencer as eleições falando apenas verdades? Aí começam as confusões. Há que dissesse que é comédia pastelão infantil e boba há quem concorde com isso. Pode até ser pastelão, mas não tem nada de infantil nem boba. 


Primeiro que o contexto da obra foi em meio às eleições do nosso país de fato. Estávamos em plena campanha presidencial e, para completar, com segundo turno; com direito até a candidatos ambientalistas. As personagens, algumas falas do filme são tão pertinentes à nossa realidade que só vi verdades. 
A obra por si só já é uma ironia, uma comédia que homenageia a política brasileira. A política brasileira é uma comédia. A cara de pau do Hassum lembra tanto algumas caras do nosso respeitável congresso, que só nos resta rir mesmo. A crítica à nossa realidade se expõe até mesmo no final, expressando o desejo (tenho certeza) de cada cidadã(ão): o candidato retira a candidatura e percebe que até os concorrentes são todos farinha do mesmo saco!

Assim como O Mentiroso, O Candidato Honesto se regenera ao ver os estragos de tanta mentira. O elenco também é muito bom, a ideia de satirizar alguns programas da televisão também compõe enredo. Pelo menos a obra nos dá o prazer de rir um pouco do trágico contexto da realidade política brasileira. O modo pastelão dá essa leveza à obra. O famoso "Seria cômico se não fosse trágico".  

E você, caríssimo ou caríssima que nos dá a honra de sua leitura, como ficaria se não pudesse mais
 mentir?


Por Nyvian Barbosa, cinemeira honorária

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