Levante a mão quem nunca imaginou viajar no tempo para mudar algum fato do seu passado ou dar uma espiadinha no seu futuro. E viajar no tempo e espaço é um maiores prazeres da ficção científica, e um dos temas que são freqüentemente abordados no cinema, criando paradoxos temporais que podem levar a história a infinitas direções diferentes mais que no fim sempre deixa a mesma mensagem: O QUE ESTÁ FEITO ESTÁ FEITO. O Homem do Futuro, como já deu para perceber, também explora esse tema trazendo um filme que mistura aventura e comédia romântica com um tempero de ficção científica.
Na história, Wagner Moura interpreta Zero, um cientista que nas horas vagas também é professor de física, que na tentativa de criar uma forma alternativa de energia acaba criando um buraco negro que o faz voltar no tempo até 1991, justamente no dia que ele sofreu a maior humilhação de sua vida na faculdade quando Helena (Alinne Morais), a mulher mais linda da turma e sua grande paixão, juntamente com Ricardo (Gabriel Braga Nunes) humilham durante festa à fantasia na frente de todos os presentes, fato que o torna uma pessoa amargurada e que não acredita mais na felicidade. Zero então decide dar umas dicas ao seu outro eu para que não sofra e consiga conquistar sua amada.
Nessa ideia de interferir no passado para “consertar”o presente, Zero descobre que o seu futuro ficou pior do que antes de ele voltar no tempo e decide voltar no tempo mais uma vez, para impedir ele mesmo de avisar ele mesmo que tudo ia dar errado e o desenrolar dessa história só vendo o filme. Pode parecer confuso mais não é, Wagner Moura surpreende ao interpretar três personagens que na verdade e uma pessoa só em três momentos diferentes da vida. Além disso, ele também canta, e bem, TEMPO PERDIDO do Legião Urbana que se torna música tema do filme.
Com a direção de Cláudio Torres (Redentor, A Mulher Invisível) o filme consegue agradar porque apesar do tom cômico, não exagera nas piadas e tem uma boa trama com algumas reviravoltas. Sem falar que o filme também “cita” de maneira indireta alguns clássicos como De Volta para o Futuro e O Exterminador do Futuro. Quem for esperto vai perceber que a homenagem é clara e feita com respeito. O elenco ainda conta com a participação de Fernando Ceylão e Maria Luísa Mendonça que se fazem presentes em todas as fases do protagonista.
O Homem do Futuro é um filme imperdível com tudo para ser um sucesso e trazer, com o perdão do trocadilho, alguns “zeros” a mais para a conta o elenco e direção. Tenho certeza que você vai rir e se emocionar com essa divertida história de amor e vai sair do cinema com aquela sensação que o verdadeiro amor resiste a tudo, até ao tempo e o que tiver que ser será! Assista e comprove. Aqui está o Link do trailer para quem quiser conferir http://bit.ly/jD2C4C Grande abraço e até a próxima. And thanks L.A. for everything :)



E por falar em franquia, planeta dos macacos foi o primeiro filme do gênero de ficção a se tornar uma franquia e dar surgimento a outros filmes como Star Wars e a série Star Trek. Fora os filmes e série de televisão, Planeta dos Macacos ainda possui uma linha de bonecos, fantasias, desenhos animados, quadrinhos e muitos outros produtos que pra quem é fã, nunca sai de moda. Mais vamos a uma pequena sinopse para aqueles que não vivem em nosso planeta (sem trocadilhos) e não conhecem nada sobre a trama.
No episódio original, um astronauta (interpretado por Charlton Heston), cai com a nave Ícarus em um “planeta do futuro” em que os macacos eram a espécie dominante, e os humanos, escravos. A nova versão tenta explicar o que aconteceu antes da ação do primeiro filme, mostrar como se chegou àquele cenário futurista contando a história de Will Rodman, um cientista vivido por James Franco, que na tentativa de encontrar a cura do Mal de Alzheimer, cria uma droga que acaba conferindo uma espécie de superinteligência aos macacos que serviam de cobaia.
Dentre eles o mais importante é Cesar, um chimpanzé que nasce com uma inteligência acima do normal, característica que foi herdada de sua mãe que foi uma das macacas em que o experimento deu certo. César então acaba sendo criado como um filho pelo cientista que na obsessão de curar seu pai (John Lithgow), continua fazendo experimentos genéticos que culminam com a “traição” do seu filho símio que se torna o líder da rebelião dos macacos superdotados contra os humanos.
Um ponto interessante é o uso dos efeitos visuais, principalmente o utilizado na composição dos movimentos do macaco César que foi interpretado pelo ator Andy Serkis, que no seu currículo “já foi” o Gollum em Senhor dos Anéis e o próprio King Kong. E os efeitos ficam tão bons que em certos momentos você até pensa que aquilo é realmente um animal e não uma pessoa que usou toda uma indumentária necessária para esse tipo de tecnologia chamada Captura de movimento.
O filme foi produzido e lançado sem estardalhaço, conquistando de cara as plateias norte-americanas e tem obtido ganhos mais expressivos que os filmes de super-herois nos EUA onde já acumula US$ 134 milhões. Nada mal para um filme orçado em US$ 93 milhões e só para se ter uma ideia de comparação, Lanterna verde custou US$ 200 milhões e só arrecadou metade disso até agora. Thor e Capitão América tiveram lucro bem menor.
Resumindo, Planeta dos macacos: a origem consegue não só agradar, mas também contar uma história que apesar de ter mais de 40 anos, ainda está bem plausível e ambientada agora nos dias atuais e com uma possível continuação. E podem ter certeza que se isso acontecer, o publico vai continuar torcendo pelos macacos que são infinitamente mais carismáticos e interessantes que os personagens humanos! Eu torci pra eles, mais isso fica só entre nós ok. Grande abraço e até a proxima :)